quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Movimento da Mensagem de Fátima peregrina ao Santuário da Lapa

O Secretariado Diocesano do Movimento da Mensagem de Fátima, com uma sólida implantação nas Paróquias da Diocese, promove a Peregrinação Diocesana Anual ao Santuário de Nossa Senhora da Lapa, em Quintela, concelho de Sernancelhe, no próximo dia 10 de Outubro.

O acolhimento aos Mensageiros começará por volta das 09h30. Nesse momento, será possível acorrer ao Sacramento da Reconciliação no interior do Santuário.

Pelas 10h00, terá início a caminhada em direcção ao Altar do recinto, onde a Eucaristia terá início pelas 11h00, e será presidida pelo Sr. D. Jacinto Botelho, Bispo de Lamego. Durante a Eucaristia, serão admitidos novos associados ao Movimento da Mensagem de Fátima.

Na parte da tarde, realizar-se-á a reunião de responsáveis do Movimento. A peregrinação termina com a recitação do Terço e com a Bênção do Santíssimo Sacramento.

O Secretariado Diocesano convida todos os Sacerdotes da Diocese e todos os Mensageiros a participarem nesta Peregrinação.

Futuros diáconos iniciam hoje retiro espiritual de preparação

No próximo domingo, pelas 16h, a Sé de Lamego acolhe a ordenação diaconal de 5 candidatos ao sacerdócio. São eles André Filipe Mendes Pereira, natural de S. Joaninho (Castro Daire), António Jorge Gomes Giroto, de Mós (Parada de Ester, Castro Daire); Bernardo Maria Furtado Mendonça Gago de Magalhães, de Cedofeita (Porto); José Filipe Mendes Pereira, de Nespereira (Cinfães); e Tiago André Bernardino Cardoso, de Lamego (Paróquia da Sé).

O retiro espiritual dos futuros diáconos tem início hoje, na Casa da Torre, em Souselo, na casa de retiros da Companhia de Jesus, perto de Braga, e decorrerá até ao próximo sábado. A orientar o retiro espiritual estará o Rev. P. Fernando Albano Cardoso, recém-nomeado Director Espiritual do Seminário Maior de Lamego.

Uma Nota publicada no Jornal Voz de Lamego informa onde é que os futuros diáconos realizarão o seu estágio pastoral, depois da ordenação.

O Antré Pereira realizará o estágio pastoral sob a orientação do Rev. P. António José Ferreira no Seminário Menor de Resende, integrando a equipa formadora daquele Seminário.

O António Giroto realizará o estágio pastoral no Santuário de Nossa Senhora da Lapa e no espaço pastoral de Cunha, Granjal, Tabosa da Cunha e Vila da Ponte, sob a orientação dos Sacerdotes P. Aniceto Morgado e P. José Alves Amorim.

O Bernardo Magalhães realizará o seu estágio pastoral sob a orientação dos Rev.s P. Bráulio Félix Carvalho e Diamantino Alvaíde Duarte, no espaço que lhes está confiado.

O José Filipe Pereira realizará o estágio com o Rev. P. Amadeu da Costa e Castro, no espaço que lhe está confiado.

O Tiago Cardoso realizará o estágio pastoral sob a orientação do Rev. P. José António Rodrigues, em Penedono.

A Diocese de Lamego acompanha, com as suas orações, o retiro espiritual que os futuros diáconos hoje iniciam.

Nova programação no Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, em Lamego

Numa Nota publicada no Jornal Voz de Lamego, o Serviço de Apoio ao Santuário de Nossa Senhora dos Remédios divulgou um programa espiritual.

Aos Domingos, a Eucaristia terá início pelas 10h00, e será precedida de tempo para Confissões. Às 17h00, será exposto o Santíssimo Sacramento, com recitação do Terço e das Vésperas, um momento de Lectio divina e Bênção do Santíssimo.

Durante a semana, de segunda a sexta, da parte da manhã, entre as 09h30 e as 20h30 está prevista a exposição do Santíssimo Sacramento com tempo de adoração pessoal e atendimento de Confissões. Da parte da tarde, pelas 17h15, depois da Exposição do Santíssimo Sacramento, há recitação do Terço com a Ladaínha e Bênção do Santíssimo Sacramento. Segue-se a Santa Missa às 18h00.

No Sábado, pelas 10h00, será celebrada a Santa Missa votiva de Nossa Senhora.

A mesma Nota informa que "entre outras, o Verdinho (transporte da Câmara Municipal de Lamego) tem uma carreira para o Santuário às 17h30 (da Central)." A partir do Santuário para a cidade, o Verdinho tem saída diária às 19h00.

A reitoria do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios está a cargo do Sr. Cón. Doutor João António Pinheiro Teixeira.

Nomeações na Diocese de Lamego

A preparação do ano pastoral da Diocese de Lamego é, todos os anos, marcada por um conjunto de nomeações e de mudanças a nível das instituições e dos espaços pastorais da Diocese. Este ano não foi excepção.

O Seminário Maior de Lamego conta com uma nova equipa de formadores, cujo Reitor é o Rev. P. Paulo Alves, até ao momento, Vice-Reitor do Seminário Menor de Resende. Acompanha-o o Rev. P. José Fernando Mendes, como Vice-Reitor, e o Rev. P. Fernando Albano Cardoso como Director Espiritual, em acumulação com as Paróquias de Longa, Granja do Tedo e Vale de Figueira.

Também o Seminário Menor conta com uma nova equipa formadora: o Rev. P. António José Ferreira é o Vice Reitor, coadjuvado pelo Rev. P. Miguel Peixoto e pelo Diác. André Pereira.

A nível de Paróquias, também são várias as mudanças.

O Rev. P. Ponciano Santos, ordenado sacerdote este ano, assume as Paróquias de Freixo de Numão, Seixas, Murça e Touça, no concelho de Foz Côa, juntamente com o Rev. P. António Ferraz, nomeado Pároco Moderador daquele espaço pastoral.


O Rev. P. Manuel Leal Domingues foi nomeado Director Espiritual do Seminário Menor de Resende e, juntamente com o Rev. P. José Manuel Melo, foi ainda nomeado Pároco de Ferreirim, Várzea de Abrunhais e Valdigem, no concelho de Lamego.

O Rev. P. João António Pinheiro foi nomeado Reitor do Santuário de Nossa Senhora dos Remédio, na cidade de Lamego.

O Rev. P. Sérgio Lemos assume, a partir de agora, as paróquias de Ferreiros, Bustelo e Gralheira, do concelho de Cinfães, e a Paróquia de Panchorra, do concelho de Resende.

O Rev. P. Germano Cardoso será o Pároco de Oliveira e Ramires, no concelho de Cinfães, e de Feirão, no concelho de Resende.

O Rev. P. Diogo Filipe assume a Paróquia de Gosende, no concelho de Castro Daire, juntamente com a paroquialidade do Mezio, no mesmo concelho.

O Rev. P. Mário Mendes foi nomeado Pároco de Moura Morta, juntamente com o Rev. P. José Alfredo Patrício que, por sua vez, foi nomeado Pároco de Cujó, no concelho de Castro Daire, continuando com os encargos previamente assumidos.

A Diocese de Lamego conta, também, a partir de agora com um Gabinete de Imprensa, cujo Director é o Rev. P. Armando Ribeiro.

Gabinete de Imprensa
Diocese de Lamego

sábado, 26 de setembro de 2009

Diocese de Lamego cria Gabinete de Imprensa

O Sr. D. Jacinto Botelho, Bispo de Lamego, com Decreto datado de 21 de Setembro de 2009, criou o Gabinete de Imprensa da Diocese de Lamego. No Decreto de constituição pode ler-se que “são finalidades específicas do Gabinete de Imprensa: promover que as notícias sobre os acontecimentos da vida diocesana cheguem às agências de informação; coordenar e manter actualizada a informação sobre a Diocese disponibilizada na internet; e ser o órgão de contacto com os jornalistas que pretendam informações sobre a Diocese, as Paróquias ou outras instituições ligadas à Diocese”.

O Rev. Sr. Cón. Armando dos Santos Ribeiro foi nomeado Director do Gabinete de Imprensa, e será assessorado pelo Rev. P. Hermínio Manuel Lopes e pelo Rev. P. José Alfredo G. Patrício.
Desta maneira, a Diocese de Lamego propõe-se a oferecer um serviço eclesial de qualidade, que sirva de ponto de contacto entre jornalistas e meios de informação que tenham interesse nas actividades que a Diocese promove ao longo do ano.

O Gabinete de Imprensa funciona no Paço Episcopal da Diocese e os contactos podem ser dirigidos ao P. José Alfredo Patrício.

Além da página oficial da Diocese (www.diocese-lamego.pt), a Diocese mantém presença regular na internet com um blog (www.lamego-diocese.blogspot.com), com uma conta no Twitter (www.twitter.com(diocesedelamego) e com uma conta no Youtube (www.youtube.com/diocesedelamego).

Gabinete de Imprensa
Diocese de Lamego

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Alvarenga viveu a Visita Pastoral de D. Jacinto e Bodas de Ouro Sacerdotais do Pe. Dr. Rui Botelho

Foi em clima de muita alegria, que no passado dia 6 de Setembro, a comunidade paroquial de Alvarenga, viveu e celebrou o dia, destacado pelo Pároco, como o mais rico do ano pastoral que agora findou.

O Sr. Bispo esteve em Visita Pastoral à nossa comunidade. No dia 25 de Agosto, visitou, juntamente com o nosso Pároco, todos os doentes da paróquia. A todos levou uma palavra de conforto, de esperança e de oração. Certamente todos ficaram agradecidos e mais revigorados na fé para suportarem o seu sofrimento. No fim do dia, no salão paroquial, ainda reuniu com os elementos dos Movimentos Paroquiais.
Terminou esta Visita no dia 6 de Setembro com a celebração eucarística, em que celebrávamos também as Bodas de Ouro Sacerdotais do Senhor Padre Dr. Rui Botelho, filho desta terra.

Às 11h, junto ao entroncamento, que dá acesso para a Igreja Paroquial, aguardamos a chegada do Sr. Bispo e do Sr. Dr. Rui, bem como, do andor de Nossa Senhora do Monte que veio também da sua capela para estar no seio desta comunidade.

Assim que chegaram, a forte salva de palmas, era sinal de que a festa iria começar. Começou com a procissão até à Igreja Paroquial, calcorreando o tapete de flores que antecipou a entrada na Igreja, onde foi celebrada a Eucaristia Dominical.

A primeira palavra foi dirigida pelo Pároco ao senhor Bispo, aos sacerdotes presentes, bem como a toda a comunidade. Nesta palavra o Pároco, Pe. José Miguel, realçou a importância da presença do Bispo na comunidade. “A presença do Sr. Bispo é sinal de comunhão, de unidade e de profunda oração. Em pleno ano sacerdotal, ter a graça de receber o Sr. D. Jacinto, nosso Bispo, é um dom dado por Deus a esta Paróquia. Esta Visita Pastoral que o Sr. D. Jacinto realiza na nossa terra, tem para nós um sentido e um valor incomensurável. Não só porque vivemos o Ano Sacerdotal, como já referi, mas porque a presença do Bispo na comunidade é a presença do Pastor que guia, que cura, que incentiva, que abençoa e que oferece os dons de Deus…”.

No momento de acção de graças, a comunidade homenageou o Sr. Dr. Rui, pelo seu aniversário sacerdotal. Um elemento da Paróquia, dirigiu uma palavra de agradecimento: “Muitos ainda aqui, certamente se recordarão do dia da sua Ordenação. Hoje, passados 50 anos, agradecemos ao Senhor da Messe, ao Senhor que chama e convida a segui-Lo, o Alvarenguense, Filho desta terra, o Amigo, o Sábio Mestre da Arte Musical e por excelência o Grande Sacerdote. E é a vida Sacerdotal, a entrega, a vocação e o serviço à Igreja, que hoje queremos agradecer e louvar a Deus.
Quisemos com esta solene Eucaristia e tendo a presença do nosso Amado Pastor Sr. D. Jacinto, exprimir toda a nossa alegria, toda a nossa gratidão e o imenso carinho que nutrimos por si.

Mesmo que tenha já partido há muitos anos da nossa terra, nunca deixou as suas raízes, as suas gentes, as suas festas e a sua cultura. Em todos os momentos de vida em Igreja e de vida em Comunidade, o Sr. Dr. Rui e o Monsenhor Simão, seu irmão, marcaram presença, testemunharam à alegria, viveram e partilharam os mesmos sentimentos. Sr. Dr. Rui, esta pequena homenagem que hoje lhe fazemos, quer exprimir o quão sentida é a gratidão e o orgulho ou brio que esta comunidade tem pelo senhor. Orgulho é a palavra exacta, porque na verdade nem todas as comunidades se podem orgulhar dos seus filhos como a nossa comunidade de Alvarenga…”.

Como recordação deste dia e desta festa, foi entregue ao Dr. Rui, em nome de toda a comunidade, uma imagem de Nossa Senhora do Monte em prata. Também entregamos ao Sr. Bispo e aos sacerdotes presentes, uma lembrança desta festa.

No fim da Eucaristia e depois das palavras de agradecimento do Sr. Dr. Rui, num restaurante da terra, foi servido um almoço para toda a comunidade. Este clima de festa prolongou-se por toda a tarde e era visível a satisfação que todos sentiram por viver este dia repleto de emoções, de alegria e de muita comunhão, com o Sr. Bispo D. Jacinto e com o Sr. Dr. Rui Botelho.

Mons. Armando Ribeiro, in Voz de Lamego, 15.09.2009

Foto gentilmente cedida por Pe. José Miguel Almeida

domingo, 20 de setembro de 2009

Ordenação episcopal de D. Manuel Linda

A Igreja de N. S. da Conceição, em Vila Real, acolheu hoje a ordenação episcopal de D. Manuel Linda, novo Bispo Auxiliar de Braga.

O Bispo consagrante principal foi o Sr. D. Joaquim Gonçalves, Bispo de Vila Real. Ao seu lado estiveram o Sr. D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga, e D. Rino Passigato. Marcaram ainda presença mais 20 Bispos, e cerca de duas centenas de sacerdotes.

O novo Bispo auxiliar de Braga é natural de Paus, concelho de Resende.


Notícias relacionadas:

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sábado, 19 de setembro de 2009

Parceria entre a Diocese de Lamego e a Turel

A Diocese de Lamego celebrou um protocolo de cooperação com a associação de Desenvolvimento e Promoção do Turismo Cultural e Religioso (Turel), no passado mês de Fevereiro.

Um recente artigo de José Manuel Cardoso, publicado no Jornal A Voz de Trás-os-Montes, reproduzido pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, com o título "Douro desperta para o Turismo religioso", mostra a importância desta cooperação:

«Até agora, a principal diocese envolvida é a de Lamego, sendo um dos parceiros que investe parte do capital no projecto e que mostrou todo o interesse nesta acção.»

O artigo completo pode ser lido AQUI>>

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Diocese de Lamego com 5 novos diáconos

No próximo dia 4 de Outubro, domingo, pelas 16h, o Sr. D. Jacinto Botelho, Bispo de Lamego, ordenará 5 novos diáconos para a Igreja Diocesana, que serão o André Filipe Mendes Pereira, o António Jorge Gomes Giroto, o Bernardo Maria Furtado Mendonça Gago de Magalhães, o José Filipe Mendes Pereira e o Tiago André Bernardino Cardoso.

O André Pereira é natural de S. Joaninho, concelho de Castro Daire. O António Giroto é natural da povoação de Mós, freguesia de Parada de Ester, também do concelho de Castro Daire. O Bernardo Magalhães é natural de Cedofeita, cidade do Porto. O José Filipe Pereira é natural de Nespereira, concelho de Cinfães. O Tiago Cardoso é natural da freguesia da Sé, da Cidade de Lamego.

O retiro espiritual de preparação para a ordenação diaconal realizar-se-á entre os dias 27 de Setembro e 02 de Outubro, e está a cargo do recém nomeado Director Espiritual do Seminário Maior de Lamego, Pe. Fernando Albano Cardoso.

Esta ordenação terá lugar na véspera da Assembleia Geral do Clero de Lamego, que ocorrerá no Seminário Maior de Lamego, no dia 5 de Outubro, e terá início pelas 10.00h.

A Diocese de Lamego marca, desta maneira, o Ano Sacerdotal, convocado por Sua Santidade o Papa Bento XVI, por ocasião dos 150 anos da morte de S. João Maria Vianney.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Diác. Manuel Amorim celebra bodas de ouro matrimoniais

O Diácono Manuel Amorim e sua esposa, D. Maria Augusta, celebraram a 18 de Julho as suas Bodas de Ouro Matrimoniais.

O nosso Bispo e o senhor Vigário Geral deslocaram-se a Cravaz em cuja Capela da Senhora de Nazaré, pertencente à família, teve lugar a celebração presidida pelo Prelado. Concelebraram ainda o P.e José Amorim, irmão do “noivo”, o Cón. Assunção, primo do “noivo” e o Pároco desta comunidade.

Saliento, antes de mais, que dos 5 irmãos Amorim, duas são religiosas, um é sacerdote e outro é diácono permanente. A cerimónia decorreu num ambiente muito familiar, mas com elevação e dignidade.

Estiveram presentes os 5 filhos do casal, seus cônjuges e os netinhos. Igualmente marcaram presença quase todos os irmãos de um e de outro, bem como os sobrinhos e primos. Os cânticos foram dinamizados por um coral familiar e os netos
proclamaram as leituras.

O senhor Bispo, partindo das leituras, referiu e salientou a referência de fi delidade matrimonial deste casal, como rocha firme, e apontou o seu exemplo mormente aos fi lhos e netos.

Frisou ainda o seu testemunho de fé, bem patente num amor a dois que se soube abrir aos outros em vários campos de apostolado. Terminada a Eucaristia, foram vários os testemunhos que se fizeram ouvir.

Um filho, netos, sacerdotes familiares e os aniversariantes. Um sentimento comum: gratidão. A Deus, fonte de todo o amor e aos aniversariantes pelo testemunho
de amor e solicitude conjugal e paternal.

O Pároco da comunidade, em nome de toda a comunidade, agradeceu à família o acolhimento familiar que lhe dispensam e a colaboração serena e empenhada na vida
paroquial.

Senhora D. Maria Augusta e senhor Diác. Amorim, senti a vossa alegria serena, edificou-me a vossa postura de crentes, entusiasmou-me a vossa esperança.

Caros filhos e netos deste casal, aprecio imenso a vossa amizade e solicitude familiar, dentro de um respeito muito grande pelo projecto de vida de cada um. Senti-vos felizes pelos pais que tendes. Apreciei o vosso empenho e dinamismo serenos na preparação e realização destas Bodas de Ouro. Oxalá que seja marcante na vossa vida o belíssimo testemunho de fé e de serviço à comunidade que vos vem de vossos pais e avós.

Parabéns, amigos!

Pe. Carlos, in Sopé da Montanha, Agosto 2009, Ano XIII, n. 168, p. 6

Sr. Pe. José Augusto Matias homenageado com Medalha de Ouro de Várzea da Serra

José Augusto Matias Pereira, pároco de Várzea da Serra, Tarouca, recebeu a mais alta distinção, jamais deliberada por aquela freguesia em reconhecimento pelo alto valor de entrega à paróquia de S. Martinho de Várzea da Serra.

Tudo aconteceu, no apogeu das grandes festas da localidade em honra de nossa Senhora da Saúde. Após a deliberação da Junta de Freguesia, aprovada por unanimidade, quando se preparavam para a celebração eucarística festiva. A junta de Freguesia, no enorme palco junto à igreja paroquial, solicitou ao Sr. Padre Matias a permissão de utilizar uns breves momentos. Manuel Ferreira, Presidente da Junta de Várzea da Serra, numa surpresa quase total para todos e para o Padre Matias em particular foi lido o alvará público da atribuição da Medalha de Ouro pelos serviços distintos.

Estiveram presentes o Sr. Presidente do Município, Mário Ferreira, os membros da Junta de Freguesia de Várzea da Serra e ainda o Sr. Agostinho Matias Pereira, irmão do agraciado, bem como uma multidão de pessoas, que nesta altura do ano acorre à sua Várzea.

Não foi parca em aplausos calorosos e sentidos em honra de tão dedicado padre, pois tem dado o melhor da sua vida em defesa das gentes deste lado da serra.

O Presidente da Junta num discurso breve, mas de alto valor moral chamou a si, em representação do seu povo, a gratidão que demonstrou ao Pároco. Disse o Autarca: “As gentes de Várzea jamais esquecerão o Centro de Dia, Lar de Idosos, o restauro da igreja nova e agora o restauro da igreja velha, quase a começar”.

Estas são as mais emblemáticas obras, mas há mais, ele dá voz aos que a não têm. Aliada à solidariedade e dedicação para com as pessoas também as características humanas e cristãs do Sr. Padre Matias merecem ser evidenciadas.

“Bem-haja, Sr. Padre Matias, por ser o comandante religioso desta grande nau que é o povo de Várzea da Serra.” Concluiu Manuel Ferreira, Presidente da Junta de Freguesia assumindo o reconhecimento da multidão ali presente e mais uma vez manifestada.

De imediato se ouviu uma enorme ovação “muito bem” com uma mistura de palmas bem calorosas. Muito sensibilizado, o Sr. Padre Matias, agradeceu a distinção recebida,
dizendo que o vai ajudar, assim a saúde o permita, a continuar em defesa das gentes da Várzea e dos mais necessitados em geral.

Também o Jornal “Sempre Jovem” mensário da região do vale do Varosa tem no respectivo Sacerdote o seu fundador e seu insigne director. Este jornal, ao longo destes seus vinte e três anos de existência, continua, com dedicação e esforço a informar, com as dificuldades habituais com que a imprensa local se debate.

O senhor Padre Matias merece o reconhecimento público e honra da Diocese de Lamego e do Arciprestado de Tarouca e do Clero em Geral.

Carlos Albuquerque, in Sopé da Montanha, Agosto 2009, Ano XIII, n. 168, p. 5

Aluno do Colégio Beneditino de Lamego é o candidato ao ensino superior com melhor nota a nível nacional


Daniel Freitas, 18 anos, ingressou no Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação da Faculdade de Engenharia do Porto com a nota recorde de 199,0 valores. O aluno do Colégio de Lamego é o melhor candidato de engenharia do país.

Natural de Lamego, Daniel Freitas, o melhor candidato ao Ensino Superior da Universidade do Porto, espera encontrar na Faculdade de Engenharia (FEUP) o trampolim para atingir o maior sonho da sua futura carreira: trabalhar na Microsoft, de preferência nos EUA.

Nos últimos três anos, Daniel tirou 20 valores a todas as disciplinas, tendo chegado aos 199,0 valores de média porque no exame nacional do 12.º ano "só teve 18 a português". Diz que não é um eremita, mas "um rapaz normal", que gosta de estar com os amigos, de estar ao computador a navegar na net ou a trocar e-mails.

Apesar de em média estudar perto de duas horas diárias após as aulas, afirma que no Colégio de Lamego ainda lhe sobrava tempo para praticar futsal e jogar voleibol integrado na equipa da sua escola. Daniel, aluno de "muito bons" desde pequenino, tem mais dois irmãos, um com 14 anos e outro de 10, também craques a todas a todas as disciplinas.

Daniel Freitas, ingressou no Ensino Superior na sua primeira opção, tendo-se também classificado em primeiro lugar nas restantes cinco opções, entre elas medicina, curso em que entrava em qualquer faculdade do país.

A média mínima de ingresso na FEUP foi de 154,0 valores, faculdade que contou com um total de 5166 candidatos. Na primeira fase, a FEUP esgotou as suas 840 vagas: 102 alunos entraram no Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação, curso que recebeu um total de 626 candidaturas.

O facto de a multinacional Microsoft ter vindo a empregar graduados da Faculade de Engenharia do Porto pesou "e muito" na escolha de Daniel, que a partir desta semana irá passar a viver sozinho no Porto.

In Expresso online

Mais informações em CiênciaHoje.pt

Fotografia retirada daqui>>

domingo, 13 de setembro de 2009

Nova partilha da experiência mossionária de Pe. Luciano Moreira, em Angola

Mais uma semana passou e cá estou eu de novo a partilhar as experiências que tenho vivido, nestes últimos dias por estas terras de Angola.

Na sexta-feira passada, a polícia prendeu-me por lhes ter tirado fotos quando batiam nas vendedoras de rua. Numa clara afronta aos direitos humanos, levam-me para a esquadra temendo que eu fosse um jornalista, que estava ali para denunciar a violência com que tratam as pobres mulheres que aqui vendem na rua da paróquia e na linha do comboio. Depois de umas horas de muito diálogo, e já com a ajuda do P. Neto (missionário da Boa Nova), entendem que eu era sacerdote, e que apenas estava no sítio errado na hora errada, deixaram-me sair e devolvendo-me a máquina fotográfica, ficando com o cartão de memória, que certamente já não recupero.

Ultrapassado este episódio, que também me ajudou a perceber o lado da polícia, face aos abusos do povo, mas também por outro lado a corrupção que existe, pois se lhes tivesse dado a dita “gasosa” logo me teriam dado a maquina fotográfica e o cartão, parti no sábado depois do almoço para o santuário de Nossa Senhora da Conceição da Muxima, para participar na peregrinação anual, com o p. Neto e um grupo de acólitos aqui da paróquia.

Foi uma viagem agradável, percorrer os 120 km de Viana a Muxima, onde chegamos ao pôr-do-sol que se escondia entre os grandes embondeiros característicos desta zona. Metade da estrada já está asfaltada, e outra metade está quase pronta a levar o asfalto, o que facilitou a viagem.

Ao chegar-mos, logo que dei conta da boa organização, pelos parques de estacionamento onde já estavam centenas de carros e autocarros, o que antevia a multidão de gente que iríamos encontrar.

O forte da Muxima foi construído na elevação da margem esquerda do rio Kwanza para defesa da navegação, e reza a historia que em 1647 foi ocupado pelos holandeses tendo sido rapidamente reconquistado pelos portugueses.

Em torno desta pequena fortaleza, cresceu e desenvolveu-se a povoação, com o mesmo nome, e foi construída a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, não se sabendo ao certo em que data. A meu ver, este local terá servido como posto intermédio no tráfico de escravos vindos do interior de Angola, capturados por agentes locais, que ali os vendiam aos portugueses que moravam no forte. Os escravos deveriam ser baptizados naquela igreja sendo depois enviados de barco pelo rio Kwanza para S. Paulo de Luanda, e de lá para o Brasil.

A esta igreja, vinha o povo fazer pedidos a “Mama Muxima”, nome que se atribuiu à antiga imagem de Nossa Senhora da Conceição, trazida pelos portugueses. O povo local como não sabia dizer Conceição, deu-lhe o nome de Muxima que significa coração em kimbundo. As primeiras procissões datam de 1650, altura em que se terá recuperado a imagem de Nossa Senhora, que esteve perdida durante alguns anos, na sequência da invasão dos holandeses. Consta que a primeira procissão terá saído de S. José de Calumbo, com a imagem a ser transportada num barco, acompanhada de outras canoas onde iam os principais políticos e religiosos de Luanda, até à Muxima.
Em 1833, a peregrinação começou a ser realizada a 8 de Dezembro, data da festividade da Imaculada Conceição de Maria, mas tendo em conta as chuvas torrenciais que caem no mês de Dezembro e impossibilitam a participação de grande número de pessoas, foi transferida para o início do mês de Setembro, isto já em 1980.

O Santuário da Muxima esteve a cargo da Arquidiocese de Luanda que, juntamente com a reitoria, organizavam as peregrinações, até ao dia 7 de Julho de 2007, data da criação das dioceses de Caxito e de Viana, passando nessa dada a pertencer à diocese de Viana que é a actual tutora do Santuário.

O bispo actual de Viana, D. Joaquim Ferreira Lopes, este ano quis dar uma dimensão internacional à peregrinação da Muxima, para que o Santuário seja conhecido mundialmente, convidando o reitor do Santuário de Fátima de Portugal; o Padre Virgílio Antunes, e o núncio em Angola que esta de partida para Cuba; D. Ângelo Becciu, para participarem na festa da Muxima, antevendo assim que no futuro, o Santuário da Muxima seja uma referência em toda a África, tal como o são na Europa os santuários de Fátima e Lourdes.

Em breve, no local junto do Santuário será construída uma basílica que pode albergar mais de três mil fiéis, tendo sido o projecto já apresentado pelo governo, ao Papa Bento XVI quando ele esteve em Angola este ano, aos bispos da Conferência Episcopal de Angola e S. Tomé e aos membros do corpo diplomático em Angola, o que demonstra uma clara abertura do governo à Igreja Católica, e ao papel que ela tem desempenhado ao longo dos anos no apoio religioso e social a este povo.

As festividades da peregrinação começaram na sexta-feira dia 4 de Setembro, tendo como lema da “ Maria discípula perfeita”, de modo que a reflexão feita em torno de “Mama Muxima”, ajude na reconstrução e desenvolvimento deste grande país, e no qual os fiéis católicos são chamados a contribuírem para um verdadeiro movimento de reconciliação e fraternidade e colaborem no desenvolvimento material do país. Maria ou “Mama Muxima”, vai ajudar a colocar na mente dos crentes o sentido de serem verdadeiros discípulos de Cristo como ela foi. Sendo que este santuário se abre também a crentes de outras religiões e confissões religiosas, num constante diálogo ecuménico. Neste lugar sagrado, “Mama Muxima” a todos escuta e ajuda, unindo o povo numa só voz e oração no cântico; Mama Muxima, tueza kokué; (estou contigo)

Mama Muxima, tutambulele, (recebe-nos)
Mama Muxima, Tutukuatekese, (nós te louvamos)
Mama Muxima, Tubane Dibesá. (nós te bendizemos)


É como peregrino que entre no recinto do santuário, cheio de gente, e me dirijo até à Igreja de Nossa Senhora da Conceição, para me paramentar e ajudar a confessar, as centenas de peregrinos que esperam. Durante uma hora atendo em confissão umas dezenas de crentes, alguns nem eram baptizados mas apresentam-se como penitentes junto dos sacerdotes presentes, a pedir perdão, para que estes os ajudem e aconselhem nas suas dificuldades e tentações, por intermédio de “Mama Muxima”.

Desde logo, fico espantado com a fé desta gente, sobretudo das mulheres, que tanto sofrem, e que procuram em “Mama Muxima” o auxílio e a protecção para os seus problemas e das suas famílias. Ao mesmo tempo a seriedade com que vivem o sacramento da confissão.

Chegada a hora, organiza-me o cortejo que vai da Igreja até junto do palco exterior onde se vai celebrar a eucaristia, presidida pelo reitor do Santuário de Fátima; o Padre Virgílio Antunes. Eu e ele, somos os únicos sacerdotes portugueses diocesanos presentes, e os dois preparamo-nos para viver uma eucaristia e uma procissão de velas, que irá ficar para sempre gravada na nossa memória.

Com cerca de vinte sacerdotes, dos vários institutos missionários da diocese de Viana e dioceses vizinhas, de várias nacionalidades, com a presença do bispo da diocese D. Joaquim Ferreira Lopes, avançamos em cortejo, até ao altar no exterior, por entre uma multidão que canta em coro, bate palmas e dança numa atitude de elevação total e preparação para viver o sacramento da eucaristia.

A eucaristia presidida pelo reitor do santuário de Fátima, foi celebrada e vivida num ambiente total de silêncio, apenas quebrado pelos cânticos que exprimiam a elevação do louvor que se estava a celebrar.

No final da eucaristia, houve a procissão das velas com meditação do terço, que me emocionou ate ao mais íntimo do meu ser e fez chorar de alegria, estava a viver talvez um dos momentos maiores de manifestação de fé da minha vida.
Durante a vigília da noite, pode ver a fé destas gentes à “Mama Muxima”, tanto cristãos como pagãos, prostram-se diante da sua imagem no altar dentro da capela, ou no andor que estava na rua e com ela falam, gesticulam, expressando as suas angústias, as suas dificuldades, mas também as suas alegrias e as graças recebidas. As suas orações são conversas em alta voz, não podendo contar o que lhes vai no coração, pedem um pouco de tudo; chuva, filhos, marido, saúde, riqueza, perdão etc.
Participei na eucaristia de encerramento no domingo, presidida pelo bispo da Diocese de Caxito, D. António Jaca, que na homilia pediu aos peregrinos que não se limitem a pedir a “Mama Muxima” ajuda para o seu bem-estar, mas que peçam o fortalecimento da sua fé para ultrapassar as dificuldades, da vida e ajudar na construção da paz em Angola.

Mais uma vez a liturgia da eucaristia tocou-me no mais fundo do meu íntimo, os cânticos, as palmas as danças, exprimem um total louvor a Deus e uma íntima ligação.
Marcou-me igualmente, o momento do ofertório, que durou meia hora, onde foram oferecidos por centenas de peregrinos vindos de toda Angola numa ingenuidade quase infantil um pouco de todo; velas, fósforos, cerveja, refrigerantes, óleo, peixe, cabritos, galinhas, flores, todo o tipo de mercearia e frutos, chapas de zinco etc. Gente pobre que oferece não do que lhes sobra, mas do que muitas vezes lhe vai fazer falta, entregando tudo nas mãos de Deus.

Esta peregrinação ajudou-me a crescer na fé, e aumentou em mim o gosto de ser missionário, ao mesmo tempo a consciência do dever de trabalhar na pastoral nas minhas paróquias, no zelo pela evangelização, pois nós padres diocesanos muitas vezes não conseguimos ver mais do que o adro das nossas igrejas, quando na verdade todos somos chamados a ser missionários logo desde o baptismo.

Mama Muxima”, foi para mim o compreender mais plenamente esta realidade, e a necessidade de responder ao apelo de Cristo: “a messe é grande e os trabalhadores são poucos. Pedi, portanto, ao dono da messe que mande trabalhadores para a Sua messe” Lc 10, 3.


Ate breve!
P. Luciano Moreira

sábado, 12 de setembro de 2009

Museu do Diocesano albergam exposição de Arte Contemporânea

A cidade de Lamego vai ser palco de um grande evento ligado às vertentes das artes plásticas e multimédia que homenageará a pintora Emília Nadal, um nome maior da arte contemporânea portuguesa.

O maior evento de artes plásticas alguma vez realizado nesta cidade reunirá, a 12 e 13 de Setembro, um leque alargado de personalidades de reconhecido mérito cultural e de importantes nomes das belas-artes, nomeadamente o ensaísta Eduardo Lourenço, o pintor Francisco Laranjo, o Director Geral das Artes Jorge Barreto Xavier e o teólogo Frei Bento Domingues, entre muitos outros convidados.

In C. M. de Lamego

A exposição decorre no Museu Diocesano de Lamego (na Casa do Poço), e envolve um conjunto de personalidades ligadas ao mundo da cultura e da sociedade civil, como Marcelo Rebelo de Sousa, Roberto Carneiro, além dos que já foram acima citados.

Para mais informações, pode ser consultado o programa AQUI>>

Nota da Vigararia Geral sobre as nomeações

A Vigararia Geral informa que foram feitas, pelo Senhor Bispo, as nomeações das novas Equipas Formadoras do Seminário Diocesano, que ficarão assim constituídas:

Seminário Maior de Jesus, Maria e Ana, de Lamego:

P. Paulo Jorge Pereira Alves, Reitor,
P. José Fernando Duarte Mendes, Vice-Reitor,
P. Fernando Albano Cardoso, Director Espiritual.

Seminário Menor de Nossa Senhora deLourdes, de Resende:

P. António José dos Santos Ferreira, Vice-Reitor,
P. Miguel dos Santos Patrício Peixoto, Formador,
Cón. Manuel Jorge Leal Domingues, Director Espiritual.

Colaborador da Equipa Formadora, alguns dias por semana, P. José Manuel Rebelo Correia.

O Senhor D. Jacinto nomeou também o P. Ponciano Joaquim Batista dos Santos, Pároco in solidum das Paróquias de Freixo de Numão, Seixas, Murça e Touça, do Arciprestado de Vila Nova de Foz Côa, juntamente com o P. António José Rebelo Ferraz, Pároco Moderador.

Oportunamente serão anunciadas outras nomeações.

Lamego, 05 de Setembro de 2009.
Joaquim Dias Rebelo, Vigário Geral

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

D. Jacinto Botelho, Bispo de Lamego, celebra hoje o seu aniversário

A 11 de Setembro de 1935, na povoação de Prados, freguesia de Vila da Rua, concelho de Moimenta da Beira, nasceu, de uma família profundamente cristã, o Sr. D. Jacinto Tomás de Carvalho Botelho.

O seu padrinho de Baptismo foi o Pároco da freguesia, o Sr. Pe. Jacinto Mota, cujo exemplo acabaria por ser decisivo na vocação sacerdotal do Sr. D. Jacinto.

O seu percurso em direcção ao sacerdócio passou pelos Seminários Diocesanos de Lamego. Depois da ordenação sacerdotal, recebida das mãos de D. João da Silva Campos Neves, a 15 de Agosto de 1958, na Sé Catedral de Lamego, completou a sua formação académica com a licenciatura em História da Igreja na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma.

Regressado à Diocese, dedicou-se ao ensino, ao Seminário Maior, aos Cursos de Cristandade, até ser nomeado Vigário Geral da Diocese. Em todas as ocasiões, não poupou esforços por prestar assistência espiritual a todos aqueles que a ele recorriam.

Nomeado Bispo auxiliar de Braga a 31 de Outubro de 1995, foi ordenado na Sé Catedral de Lamego a 20 de Janeiro de 1996. Depois de um intenso trabalho de colaboração no ministério episcopal naquela Arquidiocese, sucedeu a D. Américo Couto de Oliveira, falecido a 02 de Dezembro de 1998, como Bispo titular da Diocese de Lamego.

Ao longo dos 9 anos que leva como Prelado da Diocese, já ordenou 20 novos sacerdotes e prepara-se para ordenar 5 novos diáconos.

No dia em que festeja o seu aniversário, a Igreja de Lamego deseja ao seu Pastor abundantes alegrias e frutos neste Ano Sacerdotal.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Jornadas das Comunicações Sociais


Decorrem, hoje e amanhã, as Jornadas das Comunicações Sociais, no Seminário do Verbo Divino, em Fátima.

O encontro reúne profissionais dos meios de comunicação social, além dos agentes pastorais ligados à comunicação na Igreja.

O tema das Jornadas deste ano são; "Gabinetes de Imprensa na Igreja: luxo ou necessidade?"

As Jornadas foram precedidas por uma conferência de imprensa, aberta aos jornalistas e demais participantes no Encontro, com o Pe. Federico Lombardi, nos quais ele revelou que o Santo Padre quer vir a Fátima.

Os trabalhos das Jornadas podem ser acompanhadas através da Agência Ecclesia. Também a Diocese de Lamego está representada neste Encontro, cuja temática é muito actual.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Lamego honrou Nossa Senhora dos Remédios

Por Eduardo Pinto

Lamego prestou homenagem à Senhora dos Remédios e milhares de pessoas encheram as ruas para ver passar a procissão. Enquanto uns ficaram horas a guardar os melhores lugares, outros lucravam com o cansaço

"Acompanhe a procissão da Senhora dos Remédios do início ao fim e sinta a emoção das pessoas, os olhares…" O conselho do padre Adriano Cardoso dava o mote para uma caminhada de duas horas pelas ruas de Lamego, entre andores puxados a juntas de bois e mais de duas centenas de figurantes. Tinha razão o sacerdote.

O tom grave das bandas de música tornava o ambiente emotivo. Dos mais devotos ouviam-se preces. Das varandas choviam pétalas de rosas. Gente de toda a parte, no dia grande da "Romaria de Portugal". Seja dia útil ou de fim-de-semana, Lamego rebenta pelas costuras cada vez que a Senhora dos Remédios sai à rua em procissão, no 8 de Setembro, dia da padroeira. Até podem ter sido menos umas poucas do que as 300 mil estimadas para um sábado ou um domingo, mas mesmo assim a cidade encheu.

Tal como uma esponja, Lamego foi absorvendo gente durante toda a manhã e, especialmente, após o almoço. A procissão só saía às quatro da tarde, mas às 11 já havia filas de singelas cadeirinhas alinhadas, como se plantadas ali por alguma razão especial. E se era especial… Mário Sousa, 81 anos, de Várzea de Abrunhais, "não estava para perder um lugar tão bom, à sombrinha". Mário já tinha cadeira, mas se não tivesse podia comprá-la, por exemplo, a Maria Santos, residente do Porto, que passou os últimos dias em Lamego a vender gelados e pipocas, e que tirou o dia de ontem para vender bancos. "Isto está mau, o pessoal já tem bancos do ano passado e a concorrência é muita", queixava-se. Do calor queixavam-se meninos e meninas figurantes, e mais ainda quem ali ia cumprir promessas, quantas vezes penosas. E os 14 bois, os maiores de Penafiel, os mais pequenos de Tarouca, Sernancelhe e Vidago, também eles espumando da boca, só eles mesmos sabendo da sede de que padeciam.

Há quem diga que o fim é o melhor. Mas é certamente um momento alto. É altura em que, chegada a Senhora dos Remédios ao Centro de Tropas de Operações Especiais, o ar estremece - as pessoas e os animais também - ao som do estrondo das 24 salvas disparadas de quatro canhões. É a chamada bateria de honra.

In Jornal de Notícias

O artigo completo pode ser lido AQUI>>

A imagem é de arquivo

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Nota sobre a ordenação episcopal de D. Manuel Linda

O Sr. Vigário Geral da Diocese de Vila Real emitiu, hoje, uma Nota sobre a ordenação episcopal de D. Manuel Linda, nomeado Bispo auxiliar de Braga

Ás 16 horas do dia 20 de Setembro, celebrar-se-á, na igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Vila Real, a Ordenação Episcopal de D. Manuel da Silva Rodrigues Linda, como Bispo Auxiliar de Braga, até agora Reitor do Seminário de Vila Real.

Será Bispo Ordenante D. Joaquim Gonçalves, Bispo de Vila Real, e serão Co-ordenantes D. Jorge Ferreira da Costa Ortiga, Arcebispo Primaz de Braga, e D. Rino Passigato, Núncio Apostólico em Portugal.

Em algum dos Domingos anteriores, os Párocos deverão comunicar aos fiéis esta Ordenação, explicando a missão do Bispo na Igreja de Cristo, e pedindo-lhes a oração, como se faz diariamente na anáfora eucarística.

D. Manuel Linda é o 4º bispo saído do Clero diocesano nestes últimos 21 anos. É natural de Resende, Diocese de Lamego, tem 53 anos de idade e é o mais velho de uma família de três irmãos. Foi ordenado Presbítero no ano de 1981.

Além da Licenciatura em Teologia, na Universidade Católica Portuguesa - Porto, tem ainda a Licenciatura em Humanidades (UCP - Braga), estudos eclesiásticos de segundo grau, em Roma, e o doutoramento em Teologia Moral na Universidad Comillas de Madrid, Espanha.

O Vigário-Geral
Pe. António de Castro Fontes


In Agência Ecclesia

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Bispo das Forças Armadas lembra Capelão falecido

D. Januário Torgal Mendes Ferreira, Bispo das Forças Armadas e de Segurança, dedica a sua crónica semanal “Ao Compasso do Tempo” desta Sexta-feira à figura do Padre João Ferreira Rodrigues, da diocese de Lamego e capelão militar do Centro de Tropas de Operações Especiais, da mesma cidade, falecido no passado dia 28 de Agosto.

O prelado lembra um “longo calvário, sob o nome da leucemia”, e fala de alguém para quem “as dores não tinham que passar para os outros. Já lhe bastavam as que lhe caíram em sorte”.

“Entre pessimismos e desalentos de uma época singular o nosso país, o «ano sacerdotal», com a morte deste sacerdote de 51 anos (também pároco de Valdigem) avoluma o álbum das nossas dúvidas e garante-nos a comunhão”, assegura.

Segundo D. Januário Torgal Ferreira, “o magnífico VI Simpósio do Clero de Portugal, ocorrido, em Fátima, do decurso desta semana, avivou tais certezas: não entraremos de olhos fechados no futuro. Levamos dentro de nós afectos e exemplos”.

In Agência Ecclesia

D. Januário Torgal Ferreira lembra Pe. João Ferreira Rodrigues

Por Sr. D. Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança

Este “Ano Sacerdotal” é um período que olha o futuro sem medo. Não há pandemias nem asfixias… O Senhor do tempo não padece de limites. Mas este ciclo de revigoramento é uma página de memórias.

Em 28 de Agosto último (evoco igual dia de há dez anos, em que morreu D. António Francisco Marques, primeiro bispo de Santarém) faleceu no Hospital Militar do Porto o Padre João Ferreira Rodrigues, da diocese de Lamego e capelão militar do Centro de Tropas de Operações Especiais, da mesma cidade.

Deixou-nos, após longo calvário, sob o nome da leucemia.

Escondeu durante longos anos a enfermidade que o minava, e mesmo quando a confidenciou, “exibiu” uma cara prazenteira, acompanhado de uma Esperança sem dúvidas e de uma vontade indómita diante do combate. As dores não tinham que passar para os outros. Já lhe bastavam as que lhe caíram em sorte.

Entre pessimismos e desalentos de uma época singular o nosso país, o “ano sacerdotal”, com a morte deste sacerdote de cinquenta e um anos (também pároco de Valdigem) avoluma o álbum das nossas dúvidas e garante-nos a comunhão.

O magnífico VI Simpósio do Clero de Portugal, ocorrido, em Fátima, do decurso desta semana, avivou tais certezas: não entraremos de olhos fechados no futuro. Levamos dentro de nós afectos e exemplos.

Lisboa, 04 de Setembro de 2009

In Ao Compasso do Tempo

Até sempre, Padre João Ferreira

Por Sr. Pe. Doutor João António Pinheiro Teixeira

Acabou por acontecer o que há muito se temia, mas que, apesar da gravidade da doença, se esperava evitar: o senhor Padre João Ferreira Rodrigues morreu no dia 28 de Agosto.

Foi na passada sexta-feira que terminou a sua caminhada terrena, entrando no seio de Deus.

Aparentemente, a doença venceu o Padre João. Mas quem o pôde acompanhar sabe que foi o Padre João que venceu na própria doença.

Sabemos que a vida é um percurso que nos leva até à morte. Temos, porém, igualmente a certeza de que a morte é uma porta que conduz à vida. À vida que não tem fim.

Tão grande é a morte e tão grandes nos surgem os que morrem que tudo se apouca diante dela, diante deles. A vida é o grande teste, mas a morte é a maior lição.

O Padre João sempre acalentou a esperança de vencer a doença. Mas estava igualmente consciente de que a morte o podia visitar. Sentia-se preparado, com heróica serenidade e sem angústias.

Há seis anos que andava neste diálogo com a doença e com a fé. De cada vez que falei com ele saí sempre impressionado com a energia que mostrava.

Quis ficar sempre no meio do seu povo, que era também a sua terra natal. Entre os militares, que tão devotamente serviu, era também muito admirado e deveras estimado.

É o primeiro padre com quem partilhei o tempo de Seminário que entra na eternidade. Com ele, alimentava a esperança de que a ansiada medula aparecesse. Não apareceu a medula. Mas nunca desapareceu a fé.

Não foi fácil a vida do Padre João. Seu Pai morreu praticamente no dia da sua ordenação há 26 anos. Sua Mãe faleceu há poucos meses.

A sua família, muito unida, sempre o envolveu com torrentes de carinho. É um testemunho que sempre me calou fundo.

Não me despedi de ti, querido Amigo. O último contacto foi há pouco tempo via sms. Não esperava que Deus te quisesse tão cedo.

Mas ficarás sempre presente enquanto vamos caminhando pelas estradas do tempo. Obrigado pela tua amizade, pela tua sinceridade, pela tua franqueza.

A solidariedade que desejava sinalizar-te, quando te visitava, tu ma devolvias com crédito. Da tua presença saía sempre com mais alento. Não é fácil sofrer como tu sofrias e transmitir tanta paz como tu

transmitias.

É tão pouco o que nos dói em comparação com o que tu sofreste!

Nunca usaste disfarces, nem adornos, nem simulações. Foste sempre tu, transparente, honesto. E Cristo reluzia em ti. Na tua transparência e indiscutida honestidade.

Estiveste com Ele na Cruz. Ele esteve em ti na tua prolongada cruz. Tu estás n’Ele na glória.

Os nossos olhos choram-te. A nossa memória mantém-te vivo. A Igreja que serviste não pode esquecer o teu exemplo.

A fraternidade pura e envolvente, que sempre cultivaste, dará os seus frutos. Uma semente não desce em vão à terra.

Deus chamou-te no dia de Santo Agostinho. Pegando nas palavras com que abre o mais conhecido dos seus livros, direi que o teu coração já repousa no Pai.

É nas mãos d’Ele, nas Suas amorosas mãos de Pai, que, como referia Antero de Quental, repousa, finalmente, o teu coração. O teu bom, o teu grande, o teu imenso coração!

Sei que, no teu merecido repouso, nos transportas a todos até ao Pai.Um abraço grande. Até sempre, querido Amigo!

In Jornal Douro Hoje, 2009.09.03

Diocese de Lamego participa no Simpósio do Clero

Dezena e meia de sacerdotes acompanham o Sr. Bispo, D. Jacinto Botelho, e o Sr. Vigário Geral no Simpósio do Clero, que hoje termina em Fátima.

Desde terça feira que este Simpósio, que se realiza de 3 em 3 anos, oferece aos participantes um conjunto de conferências e outras actividades. Momento central do dia é a celebração da Eucaristia, que, hoje, será presidida pelo Sr. Card. Claudio Hummes, Prefeito da Congregação para o Clero.

Além de dezena e meia de sacerdotes, também alguns seminaristas da Diocese de Lamego marcam presença neste Simpósio, organizado pela Comissão Episcopal de Vocações e Ministérios, que é presidido pelo Sr. D. António Francisco dos Santos, Bispo de Aveiro e natural da nossa Diocese.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Uma ida ao mercado

Por Pe. Luciano Moreira

Depois de uma semana cheia de trabalho, e de um fim-de-semana nas lides pastorais, onde ajudei a baptizar 206 crianças no sábado, e no domingo celebrei 3 Eucaristias na sede paroquial (para o povo em geral com mais de 2 mil pessoas, para as crianças e para os jovens), para uma assembleia de 4 ou 5 mil cristãos, hoje sento-me um pouco para partilhar mais uma experiência que acabei de viver.

Desde que aqui estou ainda não me tinha atrevido a sair sozinho, do adro que cerca a paróquia. Já saí para outras comunidades mas sempre com os padres ou catequistas. Como ontem celebrei na sede paroquial e as pessoas já me viram, aventurei-me a dar uma volta aqui pelas redondezas.

Antes tenho que dar a descrição geográfica da paróquia de Nossa Senhora da Boa Nova; esta fica junto da estrada que liga Luanda a Viana (cerca de 15 ou 16 km) com destino a Catete, a paroquia fica no km 12 no lugar conhecido como Estalagem. Esta via deve ser neste momento uma das mais movimentadas de Angola, sendo que o trânsito não pára, nem de dia, nem de noite. Para complicar as coisas está em obras (querem fazer uma auto-estrada com 4 faixas de rodagem), segundo me constou já há cerca de 2 anos e meio.

Na mesma linha da estrada segue o caminho-de-ferro, que faz a ligação entre Viana e Luanda, com comboios todas as meias horas, desde as 5 e meia da manha até as 19 horas. Quando estive cá em 2002 lembro-me que vi um velho comboio passar com poucas carruagens cheias de gente, mas este que agora faz esta ligação parece novo e já apresenta algum conforto.

Lembro-me também de ver um largo quase na entrada da paróquia com um grande mercado, mas que recentemente o governo proibiu, expulsando os vendedores para um lugar deserto no 30 km desta estrada, ou seja a 18 km daqui. Segundo me constou nessa altura houve problemas graves chegando mesmo a haver confrontos com o exército que teve de ser chamado perante a revolta do povo, onde morreram várias pessoas.

Ora bom, apesar da proibição o mercado continua a existir, já não em lugar fixo mas ao longo da linha-férrea e nas costas da rua que segue ao longo do muro do adro da paróquia.

Foi este mercado que eu andei a visitar. Já andei por vários mercados em África, mas nunca tinha visto nenhum como este, pois este é um mercado itinerante, no qual os vendedores têm de estar com o olho fino pronto a fugirem caso a policia apareça, como fez ainda no sábado passado e começa logo a disparar para afugentar os vendedores, ou melhor vendedoras, pois são quase só mulheres que estão a vender. Não existem bancas, apenas um pano no chão e já está a banca montada. Estas mulheres, algumas ainda muito jovens, compram os artigos que vendem num mercado maior (ou aqui perto ou nos mercados de Luanda), e vêm até aqui em plena rua e linha-férrea, vender esses produtos. Da sua venda ou não que depende a refeição da família. Grande parte carregam os filhos às costas e muitas vezes outro na barriga, são teimosas nessa luta com a polícia que não as quer a vender na rua, mas ao mesmo tempo umas lutadoras, pois sem trabalho encontram na venda uma forma de subsistência.

Podiam ir para o tal mercado no km 30, mas o que iriam lá ganhar mal daria para pagar o “candonqueiro” (nome do táxi aqui).

Os cheiros em Africa já são por natureza fortes, mas neste mercado ainda mais, onde se junta o cheiro do esgoto que corre num dos lados da rua, e da urina, com cheiro agradável do perfume das senhoras, ao mesmo tempo o cheiro a suor das vendedoras que ali estão ao sol todo o dia, ou do carregador de cargas, com o cheiro da carne assada, do peixe seco, ou do doce frito.

Como eu tinha pensado, hoje facilmente fui reconhecido, “hé olha o padri novo”, logo ouvi de uns garotos mal sai o portão, “hé padri anda nas compras, mi compra aqui” diz-me uma senhora sentada na linha-férrea. Estas palavras foram o suficiente para me sentir seguro, pois apesar de eu ser aventureiro sei que aqui é um grande risco andar por aí sozinho, mas de dia não se corre grande risco. Se fosse depois das 20 horas a coisa pode ser pior, pois existem grupos de jovens marginais que atacam, e mais do que roubar muitas vezes ferem e matam a vítima que cair nas suas mãos.

Também tenho a consciência que esta é uma zona de risco, não é como as zonas no interior, mas…, contudo não tive coragem de levar a minha fiel companheira, (a maquina fotográfica), e os bolsos iam vazios.

Nos mercados africanos, mesmo quem tem pouco dinheiro pode sempre fazer algumas compras: se não se tem dinheiro para um saco de sal ou arroz inteiro vai, uma pequena medida; se não se tem dinheiro para um saco de rebuçados compram-se 2 ou 3, ou em vez de um maço de cigarros pode-se comprar apenas um. Todo se vende em pequenas quantidades, conforme o dinheiro que cada um tem. Sendo que o mais barato tem de custar uma nota de 5 Kuanzas o que equivale a 2 cêntimos europeus, pois em Angola não existe dinheiro em moeda, pelo que um monte de notas bem grande pode ter pouco valor. Existem notas de 5, 10, 50, 100, 500, 1000 e 2000 Kuanzas, esta última vale mais ou menos 20 euros.

Voltando ao mercado novamente, fui por um dos lados onde se vende sobretudo coisas para a cozinha: sal, arroz, batata, tomate, verduras, farinha de mandioca e de milho etc.

Sigo a multidão que me empurra, tentando não pisar os produtos expostos no chão ou as crianças que brincam junto das mães, e que me sorriem, pois não é todos os dias que vêm um branco por ali; algumas choram e escondem o ranho do nariz no seio da mãe, procurando dar mais uma mamada, pois a fome já deve apertar.

Escuto o pregão das mulheres “tomati 30” banana 50, é tio mi compra lá”, sorrio para as vendedoras e avanço. Numa das partes deste mercado estão a vender carne fresca, de vaca, de porco, frango, ao seu lado as vendedoras de peixe, de todos os tamanhos e feitios e qualidades, fresco, salgado ou fumado, no meio vão aparecendo alguma a vender carne assada, alguma espetadas ou até salsichas fritas, mais à frente gritam; “pão 20”.

Certamente que se a nossa ASAE aqui aparecesse ia ficar chocada com as condições de higiene em que estes produtos são vendidos, mas aqui ninguém se parece importar: uns têm que vender e outros têm que comprar, é esta a lei da vida. A vendedora da roupa feminina, quem que vender alguma lingerie, para depois poder comprar o pão e a fuba com que vai matar a fome aos filhos e ao marido que a espera na hora do jantar, sendo muitas vezes esta a única refeição que fazem por dia. O mesmo acontece com todas esta mulheres.

Amanha é outro dia, mais um dia de luta pela sobrevivência.

Será que nos lembramos que no nosso mundo esta dura realidade existe quando chegamos, confortáveis à caixa dos nossos hipers com os carrinhos cheios e confortavelmente pagamos com o nosso cartão de crédito?

Ate breve!
2009.09.01

Uma situação difícil

Por Pe. Luciano Moreira

Já ando para vos escrever estas linhas há uns dias, mas ainda não tive tempo, e também ainda não tinha encontrado um pouco de inspiração para o fazer, pois escrever não é o meu forte, e só o faço porque acho que é importante partilhar aquilo que estou a viver.

Desde já peço desculpa pelos erros, mas o teclado não me permite escrever melhor, sobretudo para pôr os acentos devidamente.

Estou a viver mais uma aventura missionária, depois de um ano de grande desgaste físico e psicológico, tanto na vida paroquial, como na vida académica, desta vez em terras de Angola, na paróquia de Nossa Senhora da Boa Nova, que pertence à diocese de Viana, nos arredores ou subúrbios de Luanda, Km 12 ou Estalagem, onde fui recebido mais uma vez pelos Missionários da Boa Nova a quem desde já agradeço o acolhimento e a gentileza que têm tido para comigo.

Esta experiência está a ser muito diferente das anteriores, tanto aqui em Angola, em 2002, no pós-guerra, na paróquia da Gabela, como em Moçambique no ano passado, que foram mais experiências de missão no mato, em meio rural. A deste ano é no meio urbano, nos bairros periféricos de Luanda, longe daquela que foi em tempos uma das mais belas cidades do mundo.

Ninguém sabe ao certo quantos habitantes tem esta paróquia, pois todos os dias chegam pessoas vindas do interior à busca de melhores condições de vida (que nem sempre encontram), mas calcula-se que entre 600 mil a 800 ou 900 mil.

Desde já posso dizer que estou bastante surpreendido com aquilo que encontrei, sobretudo a nível das infra-estruturas: esperava mais, sendo que em 7 anos desde a minha última estadia por estas terras muita coisa mudou. Por todo o lado encontram-se obras: é nas estradas, é em urbanizações, prédios e em estádios para receber o CAN 2010 (Campeonato Africano de Nações, que equivale ao nosso Campeonato Europeu de Futebol), etc; é alcatrão, máquinas, gruas e camiões por todo o lado.

Mas ao entrarmos nos bairros desta paróquia tudo continua na mesma: o povo sem trabalho; para ganhar o pão nosso de cada dia tem que vender na rua, desde sabão, cerveja ou carne assada ou qualquer coisa que sirva para levar uns Kuanzas para casa e matar a fome aos filhos.

As estradas nos bairros parecem autênticas pistas de moto-cross, onde aí em Portugal os amantes do 4X4 iam adoram competir, e não estamos no tempo das chuvas porque quando elas vierem nem os jipes passam, com as piscinas que se formam nas ruas.

É o lixo amontoado, são os saneamentos a céu aberto, é as crianças a brincar no meio desta lixarada toda, coisas que só mesmo vendo. É o transito infernal onde cada um tenta furar sem respeitar as leis do trânsito, é a policia a todos os cantos sempre pronta a mandar parar, não para multar com justiça, mas para cobrar a dita “gasosa ou mata-bicho” àqueles que lha quiserem pagar.

Isto não é nada que eu não tivesse já visto, tanto aqui em Angola como em Moçambique, mas a grande diferença é que este ano o contraste é muito maior, parece que estamos em 2 países completamente diferentes: de um lado a Angola rica dos diamantes e do petróleo, das grandes empresas internacionais, das grandes obras públicas e privadas, dos generais e membros do partido MPLA, com grandes casas e carros, com as viagens para a Europa se for preciso todos os meses do ano só para fazer compras; e do outro lado continua a estar o povo pobre e humilde, de quem ninguém se lembra e que vive à margem neste pais em grande desenvolvimento, que deve ser um dos mais ricos do mundo, mas que pela vontade de alguns nunca irá sair de ser chamado um pais de 3º mundo.

Por hoje é tudo!
Peço a vossa oração para já.
Comprimentos a todos
P. Luciano Moreira
2009.09.02

Sacerdote da Diocese de Lamego faz experiência missionária em Angola

O Sr. Pe. Luciano Moreira, tem 29 anos e é Pároco de Penela da Beira, Póvoa de Penela e Valongo dos Azeites, no concelho de Penedono, na Diocese de Lamego.

No ano passado realizou uma experiência missionária em Moçambique. Este ano, volta a repetir a experiência, desta vez, em Angola. Os Missionários da Boa Nova acolhem-no na paroquia de Nossa Senhora da Boa Nova, que pertence à diocese de Viana, nos arredores de Luanda.

O Sr. Pe. Luciano tem enviado algumas notícias que, à medida que forem chegando, serão publicadas.

A ele e ao seu trabalho todos desejamos os mais abundantes frutos.

Secretariado de Pastoral Juvenil dá pontapé de saída para o novo Ano Pastoral

No início de cada ano pastoral o Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil de Lamego propõe aos jovens um conjunto de actividades espirituais, formativas e lúdicas, e desafia a todos a embarcar nessa aventura com Cristo, ano após ano.

Assim, com o objectivo de dar a conhecer ao maior número possível de jovens o conjunto das actividades para este ano de 2008/09 o SDPJ convida todos os jovens da Diocese de Lamego a estarem presentes no próximo dia 12 de Setembro (sábado), pelas 15h30, na Quinta de São José, em Lamego, que se encontra á saída de Lamego em direcção a Avões.

A confirmação de presença deve ser feita por sms (963 611 357) ou mail
(sdpjlamego@sapo.pt) até ao dia 10 de Setembro.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Exposição de Arte Sacra no Museu Diocesano de Lamego

O Museu Diocesano de Lamego | Casa do Poço acolhe a partir de 5 de Setembro uma exposição de pintura de Fernanda Aguiar, inspirada nos Livros Sagrados. A artista convida assim a uma viagem pelos caminhos fabulosos da arte sacra, depois de um percurso pelas mais variadas temáticas, como a natureza e o retrato.

Emprestando o seu cunho pessoal à maioria das obras em exposição, Fernanda Aguiar inspirou-se na Bíblia e seleccionou as passagens mais relevantes e sugestivas, que agora deixa aos visitantes para que possam desfrutar, nas suas próprias leituras e interpretações, na sua espiritualidade.

Natural de Fafe, apenas despertou para a pintura após a sua carreira profissional de docente do ensino básico. Desde então, participou em diversas exposições colectivas e individuais, estando representada em inúmeras colecções privadas e públicas.

A entrada é gratuita.

Informações

Local: Museu Diocesano de Lamego | Casa do Poço (Largo da Sé, 5100 Lamego)
Inauguração: Dia 5 de Setembro, às 15.30 horas.

Horário de Funcionamento:
De terça da domingo, das 10.00 ao 12.30 e das 14.00 às 17.00.

Contactos: T: 254612147 / Email: geral@diocese-lamego.pt

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Santas Missas de sufrágio pela alma do Sr. Pe. João Ferreira Rodrigues

O falecimento, na passada sexta feira, do Rev. Sr. Pe. João Ferreira Rodrigues deixou de luto o presbitério da Diocese de Lamego. Os seus 26 anos de ministério sacerdotal foram inteiramente dedicados à Diocese. Em concreto, o seu ministério fica ligado à terra que o viu nascer, Valdigem, no concelho de Lamego, e à assistência religiosa às Forças Armadas e de Segurança.

As Exéquias solenes foram presididas pelo Sr. D. Jacinto Botelho, Bispo de Lamego, na presença o Sr. D. Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas, e cerca de 3 dezenas de sacerdotes, seja da Diocese de Lamego, seja capelães militares.

Na Igreja de Santa Cruz, em Lamego, será celebrada Santa Missa de sufrágio de 7º. dia por alma do Sr. Pe. João no dia 03 de Setembro, quinta feira, pelas 16.00h. No mesmo dia, em Valdigem, pelas 18.00h, também será celebrada Santa Missa de sufrágio pela sua alma.