segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Semana dos Seminários

A Igreja Católica em Portugal celebra entre 7 e 14 de Novembro a Semana dos Seminários, desta feita subordinada ao tema “Seminário, comunidade dos discípulos de Cristo e irmãos no presbitério”.

Os últimos dados disponibilizados pela Santa Sé mostram que os seminaristas de filosofia e teologia no nosso país são menos, nos últimos anos: de 547, entre diocesanos e religiosos, no ano 2000, passou-se para 444 em 2008 (menos 19%). Lisboa, Porto, Braga, e Funchal são as dioceses com mais candidatos ao sacerdórcio.

O presidente da Comissão Episcopal de Vocações e Ministérios (CEVM), D. António Francisco dos Santos, Bispo de Aveiro, considera que esta semana é uma oportunidade para passar uma mensagem de “confiança”, “como tempo e oportunidade para valorizarmos o trabalho e a missão dos Seminários na formação dos futuros sacerdotes”.

“Queremos dizer uma palavra de muita alegria e renovada confiança a todos os seminaristas de Portugal e testemunhar sentida gratidão a quantos se entregam diariamente com exemplar dedicação e inexcedível generosidade à exigente causa da formação nos nossos Seminários”, indica o Bispo de Aveiro.

O lema para a celebração segue o mesmo tema da semana dos formadores dos seminários de Portugal, realizada no último mês de Setembro, nos Açores.

“Estou consciente e confiante de que aos Seminários nunca faltará a comunhão fraterna e exemplar dos presbitérios diocesanos e religiosos nem a oração, o afecto e a generosidade das comunidades cristãs”, diz o presidente da CEVM, na sua mensagem para esta ocasião.

A semana dos seminários de 2010 fica, naturalmente, marcada pela carta aos Seminaristas de todo o mundo que Bento XVI divulgou no último dia 18 de Outubro. No texto, o Papa lembra a sua própria caminhada no seminário, afirmando que então sabia que “mais do que nunca que haveria necessidade de sacerdotes”, deixando uma palavra de encorajamento, perante as dificuldades que a Igreja sentiu recentemente.

Em texto escrito para a Agência ECCLESIA, o padre João Alves, do Seminário de Santa Joana Princesa, Aveiro, define um “seminarista maduro” como aquele que “adquiriu a capacidade de agir livremente, que integrou e desenvolveu virtudes humanas, que adquiriu uma capacidade de autocontrolo e integração das diversas forças emotivo-afectivas”.

Já o padre Miguel Neto, do gabinete de informação da Diocese do Algarve, sublinha que os futuros sacerdotes desta nova era tem de ser um “nativo digital” que olha para esta rede como o melhor e mais rápido lugar onde encontra as aspirações, não só dos cristãos, mas sobretudo daqueles que são objecto do primeiro anúncio da fé”.

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