segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Portugal: Antigos alunos de seminários católicos devem devolver formação que receberam da Igreja


«Proposta educativa exigente» das casas de formação para o sacerdócio «dá consistência» à atividades dos ex-seminaristas


D.R. | Fórum da UASP, Lamego
Os antigos alunos dos seminários católicos devem oferecer a Portugal o resultado do ensino que a Igreja lhes deu, considera o presidente da união que agrega parte dos estudantes que frequentaram instituições de preparação para o sacerdócio.
O padre Armindo Janeiro declarou hoje à Agência ECCLESIA que os antigos alunos dos seminários, em quem “a Igreja mais investiu, disponibilizando meios e pessoas qualificadas”, são chamados a “devolver essa formação à sociedade, de forma criativa”.

O responsável recordou que “os bispos e padres são antigos alunos dos seminários, assim como muitas pessoas com competências reconhecidas nos mais diversos setores da sociedade”, e acrescentou que “o facto de os antigos alunos terem passado muitos anos numa proposta educativa exigente dá consistência ao serviço que lhes é pedido”.

A União dos Antigos Alunos dos Seminários Portugueses (UASP) reuniu sábado e domingo em Lamego para refletir sobre o seu lugar na Igreja e na sociedade.

O encontro que contou com a participação de 90 pessoas, em representação de 15 associações de antigos alunos de seminários, abriu com a intervenção de monsenhor Luciano Guerra, antigo reitor do Santuário de Fátima.
O sacerdote salientou que “os projetos só têm consistência quando é possível juntar esforços, ideias e caminhos indo à memória mas também olhando para o futuro”, referiu o padre Armindo Janeiro.
Além das iniciativas que tem vindo a concretizar no domínio da espiritualidade, formação e cultura, os “três grandes eixos” da associação, a assembleia frisou que a UASP deve “encontrar formas de chegar aos antigos alunos mais novos”.

Entre as propostas lançadas pelos participantes, que vão ser objeto de ponderação, encontra-se o apoio às associações de antigos alunos que têm “menos dinamismo” e a criação de “espaços de debate sobre as grandes questões que passam pela Igreja e pelo mundo”.

“Importa criar iniciativas significativas que apostem na qualidade, e não tanto na quantidade”, apontou o padre Armindo Janeiro, sublinhando que a instituição pretende aprofundar a reflexão, dado que “os seminários sempre ajudaram os alunos a pensar”.

O planeamento para 2012-13 prevê a realização da assembleia-geral da UASP a 24 de novembro, no Seminário de Leiria, além de um evento de índole cultural em Évora, “na primavera”, e um retiro na Quaresma.

A UASP reúne 12 associações, estando prevista para breve a adesão de quatro, num universo de 28 que segundo o padre Armindo janeiro estão “minimamente organizadas” e são representativas dos antigos alunos dos seminários.

RJM

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