terça-feira, 30 de outubro de 2012

D. António Couto: balanço do Sínodo dos Bispos



Para D. António Couto é claro que «a Igreja de ontem, de hoje e de sempre deverá possuir os traços do rosto de Jesus Cristo». A nova evangelização não passará por uma eficiência pastoral e «a estruturar-se em formas sociologicamente mais eficazes», mas, sobretudo, por promover o encontro pessoal com Cristo. É este encontro que nos coloca em crise, para configurar totalmente a nossa vida a partir de Cristo de modo a viver «segundo o seu estilo» dotando-nos de uma força capaz de ultrapassar «as crises epidérmicas». Não desvalorizando a reflexão teológica, D. António Couto coloca em primeiro lugar este encontro e estilo de vida de Jesus. «Podemos não saber muita teologia, mas todos sabemos qual era o estilo de Jesus», afirmou. Para o bispo de Lamego, a expressão «nova evangelização» não é tanto a novidade de métodos, expressões ou estratégias, mas a fidelidade da Igreja ao Senhor Jesus, ao seu estilo, ao seu modo de viver, de fazer e de dizer: Dom total de si mesmo num estilo de vida pobre, humilde, despojado, feliz, apaixonado, ousado, próximo e dedicado.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Movimento da Mensagem de Fátima peregrina ao Santuário da Lapa



Foi num radioso dia de Outubro que o Movimento da Mensagem de Fátima da Diocese de Lamego peregrinou ao Santuário de Nossa Senhora da Lapa, na sua romaria anual àquele santuário mariano. Envolvendo cerca de 40 paróquias da Diocese, a peregrinação teve, como lema, a pergunta que Nossa Senhora, em Fátima, dirigiu aos Pastorinhos: "Quereis oferecer-vos a Deus?"

Era, ainda, manhã cedo quando os primeiros grupos de Mensageiros começaram a chegar à Lapa, no dia 13 de Outubro. Pelas 09h00, tiveram início as Confissões. Pouco depois, a Paróquia de Sever, do Arciprestado de Moimenta da Beira, encarregou-se do momento inicial de oração.

Pouco passava das 10h00, quando se iniciou a caminhada desde o Santuário até ao recinto da celebração Eucarística, marcada pela oração e pela reflexão sobre o oferecimento de si próprio: o de Deus, o de Nossa Senhora, o do cristão. Depois de chegados ao recinto, teve início a Eucaristia, presidida pelo Sr. D. Jacinto Botelho, Bispo emérito da Diocese, e concelebrada por cerca de dezena e meia de sacerdotes. Marcou presença o Mons. Luciano Guerra, Reitor emérito do Santuário de Nossa Senhora de Fátima, na Cova da Iria.

 Ao início da Eucaristia, o Sr. Pe. Joaquim Manuel Silvestre, Assistente Diocesano do Movimento da Mensagem de Fátima, leu uma mensagem que o Sr. D. António Couto, Bispo da Diocese, impedido de estar presente pois está a participar no Sínodo de Bispos, tinha enviado para a ocasião. Nessa Mensagem, o Sr. D. António reconhece que «o Movimento da Mensagem de Fátima tem, na nossa Diocese de Lamego, uma dimensão muito significativa», e anima a que "gastemos a nossa vida por amor, oferecendo-a a Deus, oferecendo-a aos nossos irmãos». A mensagem do Sr. D. António terminava com um premente convite: «animai-vos cada vez mais uns aos outros, orai sempre, e chamai mais e mais irmãos para os caminhos sempre belos e novos do Senhor.»

Já na homilia, o Sr. D. Jacinto abordou «o grande desafio que constitui, para todos os cristãos, o Ano da Fé convocado pelo Santo Padre Bento XVI.» Esse desafio pode, e deve, ser vivido na fidelidade ao Evangelho e a Jesus, «no caminho da penitência, da reconciliação e da generosa entrega a Deus, imitando a docilidade dos Pastorinhos aos apelos que a Virgem Maria lhes fez em Fátima.»

Depois da homilia, foram admitidos novos membros, da Paróquia de Britiande, concelho de Lamego, ao Movimento da Mensagem de Fátima.

Depois de almoço, realizou-se, no Colégio da Lapa, a assembleia geral do Movimento. O dia terminou com a oração, orientada pelo Mons. Luciano Guerra, no Santuário de Nossa Senhora.

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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O Ano da Fé no Santuário dos Remédios


O Ano da Fé, que se inicia a 11 de Outubro de 2012 terminando a 24 de Novembro de 2013, é uma oportunidade para o fortalecimento da vida cristã. A Igreja convida, concretamente, os santuários a apostarem nas celebrações e a promoverem encontros de formação sobre os temas mais directamente ligados a esta realização: o Credo, o Concílio Vaticano II (no 50º aniversário do seu início) e o Catecismo da Igreja Católica (no 20º aniversário da sua publicação). 

Assim, o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios vai oferecer, num clima de total simplicidade, um itinerário de formação em torno destes temas. Eles serão propostos especialmente na oração da tarde de Domingo (17h) a partir de 14 de Outubro: até Dezembro haverá uma meditação sobre o Concílio Vaticano II e, a partir de Janeiro, haverá uma reflexão sobre o Catecismo da Igreja Católica. 

A novena de preparação da festa de Nossa Senhora dos Remédios de 2013 será centrada no Credo: «Com Maria vamos crescer na Fé»! 

Entretanto, no próximo dia 11 de Novembro, às 15 horas, será apresentado, no Santuário, um livro sobre a actualidade do Concílio Vaticano II, da autoria de um sacerdote da nossa Diocese. A apresentação será feita pelo senhor Bispo de Lamego, D. António Couto. 

 Serviço de Apoio ao Santuário (SAS)

Clero da Diocese de Lamego prepara Ano da Fé com retiro espiritual


O Seminário Maior de Lamego acolheu o retiro anual do Presbitério da Diocese de Lamego, entre os dias 30 de Setembro e 3 de Outubro. 

Orientado pelo Pe. Manuel Morujão, S.J., secretário e porta voz da Conferência Episcopal Portuguesa, o retiro centrou-se no Ano da Fé e na importância deste acontecimento, não só para a vida da Igreja, mas também para a vida espiritual dos sacerdotes, chamados a ser novos evangelizadores para uma Nova Evangelização. 

Os cerca de 25 participantes foram desafiados, pelo orientador, ao longo dos vários momentos de reflexão, a fortalecerem a sua amizade e doação a Jesus Cristo e, por Ele, a sua doação à Igreja e à salvação de todas as almas. 

O centro de cada um dos dias de retiro foi a Eucaristia que, no último dia, foi presidida pelo Sr. D. António Couto, Bispo de Lamego e, na qual, também marcou presença o Sr. D. Jacinto Botelho, Bispo emérito da Diocese. Nesta Santa Missa foram recordados, de modo especial, os sacerdotes e familiares de sacerdotes que faleceram no último ano.

Ao longo de cada um dos dias, as palestras do orientador foram intercaladas com momentos de oração individual, com um generoso tempo de adoração diante do Santíssimo Sacramento solenemente exposto e com a possibilidade de cada participante recorrer ao Sacramento da Reconciliação. 

No final do retiro, o Sr. D. António Couto agradeceu ao Sr. Pe. Morujão pela disponibilidade que teve em orientar este retiro, uma disponibilidade ainda mais heróica por serem sobejamente conhecidas as suas muitas ocupações.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Entrevista a D. António Couto, Comissão Episcopal das Missão e Nova Evan...



O presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização em Portugal disse à ECCLESIA que o “problema” na transmissão da fé está do lado de quem anuncia, pedindo “fidelidade” à mensagem original de Jesus.

“O problema não estará tanto do lado das pessoas que não querem ouvir, mas no nosso lado, que anunciamos em nome próprio, juntamos as nossas opiniões, damos uns retoques de última novidade”, refere D. António Couto, em entrevista hoje publicada.

O bispo de Lamego considera que a demasiada preocupação “com as últimas novidades, com as últimas fórmulas” leva a esquecer o “fundamento que é Jesus Cristo”.

“O Evangelho de Jesus, como Ele o diz e o faz acontecer, é a metodologia mais revolucionária que conheço”, sustenta o prelado, para quem não é “necessário inventar coisas novas, nem em termos de métodos nem de expressões”.
Esta metodologia, acrescenta, supõe uma Igreja com “bons líderes”, do clero aos leigos, que “não indiquem caminhos abstratos às pessoas, mas que caminhem com elas”.

D. António Couto vai participar na 13ª assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos, que vai decorrer entre os dias 7 e 28 deste mês, no Vaticano, sobre o tema ‘A nova evangelização para a transmissão da fé cristã’.

Antecipando as preocupações que vai transportar, o presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização admite que o “adjetivo novo” pode “trair” os católicos.

“Não precisamos de ser novos noutra dimensão. Temos de ser novos com Jesus. Diria mesmo: novos como Jesus foi, completamente novo no seu tempo”, explica.

Para este responsável, é necessária “fidelidade” ao modelo e à vida de Jesus para implementar uma “nova maneira de presença cristã no mundo”.

O bispo de Lamego admite que a expressão “nova evangelização” visa sobretudo o “Ocidente descristianizado, assético, indiferente, anestesiado”.

“Por isso é preciso nova força, nova dinâmica, nova capacidade de nos colarmos mais a Jesus Cristo para sermos capazes de levar a sua mensagem às pessoas de hoje, quer às crentes que precisam de ser confirmadas e formadas na sua fé, quer àquelas que não acreditam ou que nunca foram despertadas para isso”, observa.

D. António Couto sublinha, a este respeito, que a Igreja Católica “não pode ser aérea e etérea”, mas tem de estar “plantada no meio das pessoas”, através de uma “rede no terreno” que assuma esse trabalho.
Em relação ao próximo Sínodo, o prelado espera que a assembleia de bispos possa “encontrar um fio condutor” para abordar a “vastidão de ideias e problemas existentes”.

O bispo de Lamego, que vai participar nesta reunião magna em nome da Conferência Episcopal Portuguesa, juntamente com D. Manuel Clemente, bispo do Porto, conta levar ao Vaticano “três ideias” fundamentais.

“Viver em Igreja é viver em sínodo, no caminho, na casa, reunidos, em conjunto; a Igreja é uma Igreja que anuncia, da anunciação, que anuncia completamente vinculada a Jesus, porque o anunciador não diz tanto a sua mensagem ou a sua opinião, mas diz a mensagem de quem os envia, no nosso caso a Jesus; a Igreja é uma Igreja da fidelidade, não tanto da novidade”, revela.

PR/OC

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

D. António Couto na apresentação do Guião Outubro Missionário 2012

In Agência Ecclesia 

 Responsáveis do setor elegem abertura do Ano da Fé como oportunidade de levar «luz» e «esperança» a um mundo descristianizado e em crise 

Lisboa, 01 out 2012 (Ecclesia) – Os Institutos Missionários “Ad Gentes” e as Obras Missionárias Pontifícias publicaram o “Guião Outubro Missionário 2012”, instrumento de trabalho que pretende reforçar a dinâmica da evangelização num mês marcado pelo arranque do Ano da Fé. 

 Numa mensagem dedicada ao “Outubro Missionário”, o presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização desafia dioceses e paróquias a seguirem “com particular atenção”, o exemplo deixado “pelas primeiras comunidades cristãs”. “Embora pequenas e indefesas”, elas “souberam, pelo anúncio e pelo testemunho, difundir o Evangelho em todo o mundo conhecido de então”, realça D. António Couto, reforçando o convite deixado por Bento XVI na sua mensagem pastoral para o Dia Missionário Mundial, que a Igreja Católica vai assinalar a 21 de outubro. 

Além do lançamento do Ano da Fé, marcado para 11 de outubro, os próximos dias vão ser preenchidos com a comemoração do 50.º aniversário do Concilio Vaticano II (1962-1965) e pelo início do Sínodo dos Bispos para a Nova Evangelização, já este domingo, em Roma. 

 O bispo de Lamego, que estará presente naquele evento, recorda aos fiéis que qualquer missão evangelizadora nasce de uma comunidade “que não está voltada sobre si, mas para fora” e que consegue ser “luz” para os outros, “sem peias nem vergonhas”. Uma atitude que, segundo o prelado, é urgente cultivar num mundo que está cada vez mais descristianizado. 

 No final do Concílio Vaticano II, encontro que deu um impulso significativo ao esforço missionário - e sobretudo ao papel dos leigos na transmissão da Palavra de Deus - os dados apurados pela Igreja Católica falavam na existência de pelo menos 2 mil milhões de não cristãos, soma que “quase duplicou” entre 1965 e 1990. 

 “Para 2025, prevê-se que esse número atinja os 5.220.896.000. Decididamente, não podemos continuar a olhar para este mundo de braços cruzados. Temos de o amar e evangelizar. À maneira de Cristo”, exorta D. António Couto.