Os coordenadores do Fórum das Vocações, o professor Pe. Vasco Alves e o Director do Secretariado Diocesano das Vocações, Pe. José Fernando, empenharam-se na escolha dos intervenientes, estes foram cativantes e expressivos destacamos, em particular, o Diácono André Mendes Pereira que foi, de entre os intervenientes, aquele que os alunos mais gostaram, pois utilizou uma linguagem simples, clara e com humor.
O primeiro testemunho foi-nos transmitido por uma irmã religiosa das franciscanas hospitaleiras, Lúcia Fernandes, que, depois de uma juventude de experiências e tentativas de afirmação, acabou por se encontrar a si mesma, respondendo ao convite de Deus para espalhar a Sua Palavra e ajudar os mais necessitados. Desta forma, e sem pretender chamar à atenção sobre si mesma, esta irmã religiosa procura dar o seu contributo para a afirmação do Reino de Deus onde todos vivemos, na prática da caridade, sem ambições, sem disputas, sem guerras. A verdadeira felicidade dos homens é a sua realização em Deus, que tudo nos dá e oferece gratuitamente para nos salvar e nos libertar das tentações deste mundo falso e hipócrita.
De seguida, escutámos o testemunho de um casal, o Luís e a Rosvita, que vive unido para Deus e apaixonado pela vida e pelo bem-fazer aos outros, vivendo a felicidade de serem os pais e educadores (com a palavra e o exemplo) de uma criança - a Beatriz - fruto do amor e entrega mútuos. Este casal tentou dizer-nos que vocação não é uma profissão ou um dever que temos que cumprir, mas é uma opção de vida, é uma forma de viver que realiza o ser humano e o torna mais pessoa. Ser pessoa significa descobrir a melhor maneira de viver em comunidade. É uma forma de o cristão procurar a sua realização na comunidade, num compromisso com o mundo, através da família e simultaneamente com Deus, seguindo a sua palavra e procurando n’Ele o fim último da sua existência.
Já através das palavras da irmã Francisca, filha de S. Camilo, apercebemos-nos do seu ser sensível, que fez muitas escolhas de forma livre e responsável e acabou por optar por uma vocação religiosa, adoptando uma forma de vida própria, respeitando os votos que fez e dos quais não se arrepende. As suas palavras, doces, revelaram um interior puro, uma dedicação a alguém que é a nossa esperança, a razão do nosso viver e nosso modelo, uma dádiva ao Homem, ser impuro que caminha para a santidade. Com a sua vocação procura atenuar o sofrimento e a dor, dando uma palavra amiga, no momento de angústia e de desespero.
Por fim, o diácono André Mendes, um jovem que nos demonstrou que a vida terrena é feita de escolhas. Também ele tinha muitos objectivos na vida, sonhava com as profissões que lhe podiam garantir um futuro auspicioso e uma realização terrena. No entanto, foi Deus que o seduziu, despontando-lhe a vocação sacerdotal que o enche de satisfação e de regozijo. E não se arrepende da escolha que fez, a qual todos os dias procura renovar. Considera que com a sua vocação, e o trabalho de estágio no Seminário Menor de Resende, adquiriu valores e assumiu responsabilidades que o fazem crescer alcançando a consciência da razão de ser da nossa existência.
Nós, como participantes desta actividade, aprendemos que os valores humano-cristãos guiam, sem que muitas vezes lhes demos o devido valor; obtivemos um novo sentido de responsabilidade e orientação para as nossas vidas, pois sentimos o que é uma vocação ao ouvir as histórias de vida e as opções tomadas pelos intervenientes.
A nossa existência só fará sentido se optarmos por formas de vida orientadas por valores que nos realizam como pessoas, e nos permitem compreender a sociedade em que vivemos, e nos indicam o verdadeiro caminho para o encontro com Alguém que é a razão de ser do nosso agir e existir.
Viver a vocação, ou na procura desta, é viver com responsabilidade e liberdade, é viver realizados com Deus e acima de tudo connosco próprios.
André Veloso e Joaquim Dias, 10º A
Escola Dom Egas Moniz-Resende
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