quinta-feira, 30 de setembro de 2010

P. José António parte em missão para o Brasil

No próximo dia 29 de Setembro vou partir para o Brasil até Julho de 2011. Como foi possível?

Depois de 20 anos de pároco, por terras de Penedono, onde sempre fui bem acolhido e me sentia bem, partir para um ano sabático é uma loucura, porque sem ordenado, sem certezas do futuro, mandaria a sábia prudência que colhesse os frutos da sementeira realizada, da bela comunidade construída, e da casa, onde comodamente vivia.
A idade vai avançando e vamos perdendo forças e entusiasmo… Este novo desafio chegou na altura certa. Agradeço aos padres do arciprestado de Penedono e ao padre Samuel a amabilidade com que aceitaram outras paróquias e assim possibilitaram a minha partida. Não podemos viver sem esperança, alegria e entusiasmo. Um ano de estudo, descanso e distanciamento da realidade pode ajudar a crescer e a abrir novos horizontes.

Não seria altura da Assembleia do Clero e dos arciprestados aprofundarem estas realidades? Na obediência e fidelidade a nós próprios, saibamos lutar por aquilo que e a consciência nos dita.

Este ano sabático surge da experiência em Moçambique, onde desenvolvemos nove micro-projectos (como já pude partilhar neste jornal) e também após uma incursão na Amazónia – Brasil onde pude apoiar um padre holandês no seu trabalho com uma comunidade de trinta e cinco mil pessoas. Nesse tempo vivi na Mariápolis Glória, uma das 18 cidadelas (pequenas “cidades” espalhadas pelo mundo onde se procura viver o Evangelho, cuja lei é a do mandamento novo que o movimento dos Focolares criou pela mão da sua fundadora Chiara Lubich.

Esta experiência concreta de amar e ser amado na simplicidade de todos os dias fascinou-me. As grandes dificuldades dos padres, em viver o celibato num tempo em que o individualismo, relativismo e hedonismo reinam, perde sentido porque sem comunidades autênticas somos generais sem exército a lutar contra moinhos de vento, fazendo o papel de “palhaços”, como alerta o Papa Bento XVI num dos seus livros. Esta experiência deu-me esperança e tornou possível alargar os horizontes culturais e religiosos. E porque nem só de receber se fazem estas experiências, foi possível desenvolver alguns pequenos projectos apoiados pelo Centro Social Paroquial de Penedono (ajudar a construir duas igrejas, uma casa, duas instituições de toxicodependentes que vivem em casas muito pobres e duas bicicletas para possibilitar a deslocação de pessoas para o seu trabalho). Numa perspectiva de continuação do projecto estabeleceu-se um protocolo entre o Centro e a escola Fiore que acolhe crianças de um bairro pobre da cidade. Tantas vezes ouvi “primeiro nós depois os outros”, quando o Evangelho afirma precisamente o contrário.

Depois de tudo o que foi feito em Moçambique e no Brasil, a Segurança Social aumentou o protocolo do Centro Social em 33 por cento, depois de tantas dificuldades que pareciam inultrapassáveis. Podemos assim contratar uma nova funcionária e abrir o apoio a duas paróquias vizinhas. Para quem acredita, a revolução do Evangelho vai -se realizando e o “Dai e dar se-vos- à” torna-se concreto nas nossas comunidades fortalecendo a nossa vontade de ir contra a corrente, da mentalidade pouco cristã, que encontramos em alguns dos nossos colaboradores. Pequenas gotas, é certo, mas que ajudavam a reparar um oceano de injustiças que os nossos antepassados cometeram.

No último encontro de despedida, num jantar na Mêda, fiz o apelo aos sacerdotes para se encontrarem, como fazíamos semanalmente em Penedono, pois só assim nos sentiremos mais fortalecidos.

“Quem diz o que sente não peca nem mente”, mas pode estar errado. Espero não magoar ninguém com esta partilha. Quero partir em paz, continuar em comunhão com todos e regressar feliz e com mais entusiasmo.

Um abraço fraterno.
P. José António Rodrigues

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Museu Diocesano de Lamego acolhe exposição sobre os Padroeiros da Diocese

O Museu Diocesano de Lamego acolhe a exposição denominada Martírio e Cultura: o testemunho da fé, que estará patente de 05 de Outubro a 07 de Novembro. Haverá uma mostra de peças de arte sacra, nomeadamente pintura e escultura, oriundas de várias paróquias da Diocese de Lamego, relacionados com os padroeiros: São Sebastião e Santo Agostinho.

A exposição, promovida pela Turel, com a colaboração da Diocese de Lamego e da Região de Turismo do Porto e do Norte de Portugal, com o apoio da CCDRN ao abrigo do QREN e da Câmara Municipal de Lamego, será inaugurada no dia 05 de Outubro, pelas 18h00, com a presença dos vários responsáveis das entidades envolvidas, e estará patente no Museu Diocesano de Lamego, na Casa do Poço (em frente da Catedral de Lamego) até ao dia 07 de Novembro.

Cinfães Homenageou o Cónego Acácio Soares

Em 5 de Setembro a paróquia e o povo de Cinfães homenagearam o Sr. Cónego Acácio Soares em oportuna e justa iniciativa, pois além de se tratar dum notável homem da terra, dedicou a maior parte da sua vida à paroquia de Cinfães no seu múnus pastoral.

Nascido em Algereu da freguesia de S.Cristóvão em 1924, frequentou os seminários de Lamego para ser ordenado Presbítero em1950.
Antes de assumir a responsabilidade de Cinfães em Janeiro de 1969 que serviu até 2007,o Pe. Acácio foi pároco de Chavães e Vale de Figueira, Prefeito do Seminário, Director espiritual e Director da Obras Diocesana das Vocações (O.V.S).
A presente e louvável iniciativa deve-se ao dinamismo do actual Abade de Cinfães, Pe. Francisco Marques que juntou na homenagem os 86 de idade , os 60 de sacerdócio, os 37 de paroquialidade e a fez coincidir com a inauguração das obras de recuperação da residência, motivo por que aos actos religiosos presididos Pelo Snr. D. Jacinto, Bispo de Lamego com a presenças de muito clero e povo de Cinfães se juntou o poder civil com a presença e colaboração da Câmara, Governo Civil, Secretário de Estado e deputado do Distrito, unidos todos no acto religioso, sessão solene no salão e convívio acompanhado de lanche aberto à população.

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In Canastro das ideias, por Dr. Adão Sequeira

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Cón. Acácio Soares celebra 60 anos de sacerdócio

A Paróquia de Cinfães, pela iniciativa do seu Pároco, P. Francisco Marques, homenageou o Cón. Acácio Ferreira Soares, celebrando os 60 anos do seu sacerdócio.

Nascido a 14 de Maio de 1924, em S. Cristóvão de Nogueira, no concelho de Cinfães, e depois de ter frequentado os Seminários Diocesanos, o Cón. Acácio foi ordenado sacerdote no dia 03 de Setembro de 1950. Logo após a ordenação sacerdotal, foi enviado como Pároco para Chavães e Vale de Figueira, no concelho de Tabuaço. Posteriormente, foi nomeado Prefeito e responsável da disciplina no Seminário Maior de Lamego. Foi ainda Director da Obra Diocesana das Vocações e Director Espiritual. Em 01 de Janeiro de 1969, tomou posse da Paróquia de Cinfães, onde serviu durante 38 anos.

Na tarde do passado dia 05 de Setembro, pelas 15h, teve início a Eucaristia, na Igreja Matriz de Cinfães, presidida pelo Sr. D. Jacinto Botelho, e na qual participaram cerca de duas dezenas de sacerdotes, várias autoridades civis e um grande número de leigos.
Na homilia, o Sr. Bispo enalteceu a fidelidade ao ministério sacerdotal do Cón. Acácio ao longo destas seis décadas, e agradeceu o exemplo que lhe deu quando, como seminarista, o teve como Prefeito do Seminário.

No final da Eucaristia, o Sr. Cón. Acácio foi presenteado com várias lembranças.

Depois, seguiu-se a bênção da residência paroquial que, graças à colaboração de várias entidades, sofreu obras de remodelação. Marcaram presença o Sr. Secretário de Estado da Administração Local, José Junqueiro, bem com o Presidente da Câmara de Cinfães, José Pereira Pinto e outras autoridades civis. Foi descerrada a placa que assinala o final das obras de recuperação do Centro paroquial e seguiu-se a sessão solene, que terminou com um lanche para os participantes.

Mons. José Gomes homenageado em Penela da Beira

Natural da paróquia de Penela da Beira, no concelho de Penedono, Mons. José do Nascimento Gomes foi ali homenageado no dia 22 de Agosto pelos sessenta e dois anos do seu Sacerdócio.

A homenagem foi celebrada na Eucaristia presidida pelo Senhor D. António José Rafael, seu condiscípulo no Seminário, e em que concelebraram sete Sacerdotes, desde o Pároco, P.e Luciano Moreira a outros que puderam estar presentes nessa tarde de Domingo. À sua paróquia natal juntou-se um numeroso grupo de paroquianos de S. João da Pesqueira, continuando a homenagem que ali lhe foi prestada no Domingo anterior.

A igreja estava cheia, o Grupo Coral deu grande vida à celebração e o Pároco começou por saudar o seu paroquiano e dar as boas-vindas a todos os que se quiseram associar ao acontecimento. Com as leituras proclamadas por dois membros da assembleia, o Evangelho foi lido por Mons. José Gomes, o homenageado da tarde.

A homilia foi feita pelo Senhor D. António Rafael, que partiu do texto de Isaías que afirma: «também escolherei alguns deles para sacerdotes e levitas» (I Leitura da Missa) para falar do Sacerdócio e dos Sacerdotes que, em 1948, foram ordenados em Lamego pelo Senhor D. Ernesto Sena de Oliveira, Bispo de Lamego naquele tempo. Entre eles, estava o homenageado daquela tarde.
O Ofertório levou ao altar o pão e o vinho do sacrifício, juntamente com outros dons, entre os quais uma estola para Mons. José Gomes e rematando com um vistoso grupo de quarenta e nove rosas, tantas quantos os anos da sua paroquialidade em S. João da Pesqueira.
Depois do Pai-Nosso cantado por todos e do abraço da paz, a Comunhão foi distribuída por D. António Rafael e Mons. José Gomes.

No final este leu o texto do seu agradecimento, seguido de outros por um familiar que lhe dedicou uns versos, um conterrâneo e uma paroquiana de S. João da Pesqueira, que sublinhou o acompanhamento cristão da sua vida por Mons. José Gomes, desde o seu baptismo, festas da Comunhão, casamento e baptismo de sua filha. O Pároco agradeceu a amizade e colaboração que sempre encontrou no homenageado, voltando a franquear-lhe as portas da sua igreja, sempre ao dispor.

Entre os presentes estavam os Srs. Presidentes das Câmaras de Penedono e S. João da Pesqueira, que participaram em toda a celebração e entre os sacerdotes estava o P.e Francisco Guilherme, Arcipreste de Penedono.

No final, outros foram associados à homenagem em jeito de agradecimento e aos sacerdotes presentes foi oferecido um CD, «Penela da Beira a cantar», gesto que se agradece em nome de todos. Mais flores passaram junto do altar, mais alegria e amizade manifestadas e que continuaram num beberete, ali mesmo no adro da igreja.

In Voz de Lamego, 2010.08.24