domingo, 26 de dezembro de 2010

Votos de um santo Natal

«Há um caminho para todos. Para todos, o Senhor estabelece sinais adequados a cada um. Chama-nos a todos, para que nos seja possível também dizer: Levantemo-nos, «atravessemos», vamos a Belém, até junto d’Aquele Deus que veio ao nosso encontro. Sim, Deus encaminhou-Se para nós. Sozinhos, não poderíamos chegar até Ele. O caminho supera as nossas forças. Mas Deus desceu. Vem ao nosso encontro. Percorreu a parte mais longa do caminho.»

Bento XVI, Homilia, 2009.12.24

A Diocese de Lamego deseja a todos um Santo Natal

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Bispo de Lamego anuncia criação de Fundo Diocesano Solidário


No passado dia 21 de Novembro de 2010, o Sr. D. Jacinto Botelho, Bispo de Lamego, por ocasião do Dia da Igreja Diocesana, anunciou a criação de um Fundo Diocesano Solidário. É uma das respostas da Diocese e das suas instituições, como a Cáritas Diocesana, às crescentes necessidades das pessoas mais carenciadas.

Mundo precisa de uma «cidadania cristã mais coerente»

No rescaldo da cimeira da NATO, em Lisboa, bispo de Lamego defende que a paz tão procurada pelos homens deriva do Reino de Jesus

D. Jacinto Botelho chamou a atenção dos cristãos de Lamego para a importância de compreenderem, e porem verdadeiramente em prática, o exemplo da realeza de Jesus, sem a confundir com os paradigmas da realeza terrena.

“O reino de Jesus, como ele o afirma, não é deste mundo, é um reino de justiça, de verdade e de paz”, explica o bispo, na sua homília de dia 21 de Novembro.

Numa alusão à recente cimeira da NATO, que juntou em Portugal os principais líderes mundiais, o prelado defendeu que a paz, “com tanto afã procurada nas cimeiras internacionais”, só pode ser conseguida se derivar dos princípios do reino de Jesus.

Para que esta consciência se espalhe no coração de todos os homens, D. Jacinto Botelho defende que ela tem de ser visível na acção e no coração de todos os baptizados.

“Como membros deste reino e discípulos deste Rei”, realça o bispo de Lamego, “a nossa cidadania cristã tem de traduzir-se em gestos de coerência”, a partir do modelo deixado por Jesus, no Lava-pés antes da última Ceia:

“Compreendeis o que vos fiz? Chamais-Me Mestre e Senhor, e dizeis bem porque o sou. Se eu, que sou o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós os deveis lavar uns aos outros. Dei-vos o exemplo para que, como eu fiz, façais vós também”. (Jo 13,12-15).

Apontando esta passagem do Evangelho como um “actualíssimo e oportuníssimo programa, na situação concreta de crise e pobreza que já experimentamos”, o prelado toma como exemplo positivo a operação “10 milhões de Estrelas – um gesto de paz”, que está a decorrer em todo o país.

“Recomendo com todo o empenho esta iniciativa que, estou convencido, não deixará indiferente nenhuma das nossas paróquias”, realçou o bispo de Lamego.

Num Domingo também consagrado, em Lamego, como Dia da Igreja Diocesana, D. Jacinto Botelho referiu que esta deve ser uma ocasião para todos fortalecerem os laços comunitários, expressando um “empenhamento solidário e corresponsável, ao longo do ano pastoral que se inicia”.

No final da sua homilia, o prelado convidou todas as suas comunidades a participarem numa vigília de oração pela vida nascente, dia 27 de Novembro, na Igreja de S. Francisco, às 21h30, de acordo com o desafio lançado por Bento XVI para o início do Advento.

“Em sintonia com as igrejas particulares unidas ao Santo Padre, queremos ser o povo da vida, agradecendo ao Senhor que através do dom de Si, deu sentido e valor a toda a vida humana, e também para invocar a Sua protecção sobre cada ser humano”, conclui o bispo de Lamego.

In Agência Ecclesia

Diocese de Lamego apresenta Plano Pastoral



O Dia da Igreja Diocesana, no dia 21 de Novembro, foi o momento escolhido para apresentar o Plano Pastoral 2010 / 2011 da Diocese de Lamego.

Este plano contém as linhas gerais de orientação para as várias instituições diocesanas (Seminários, Paróquias, Associações, Movimentos, Instituições de Solidariedade Social) e tem como tema central “Um novo rumo para uma Nova Evangelização”.
Como escreveu o Sr. D. Jacinto Botelho, Bispo da Diocese, na introdução, «é apresentada aos cristãos em Portugal uma proposta de discernimento pastoral que envolva a todos, sacerdotes, religiosas e religiosos, e leigos, ligados a movimentos, associações de fiéis e outras obras eclesiais, para que, com o espírito e o estilo dum itinerário sinodal, se pronunciem e se co-responsabilizem. A Diocese de Lamego adere a esta movimentação a que o Plano Pastoral do próximo ano se subordina.»

Esta planificação pastoral inclui as actividades promovidas pelos vários Departamentos diocesanos, das quais se destacam as várias acções de promoção vocacional nos Arciprestados e a preparação para as Jornadas Mundiais da Juventude, que terão lugar em Madrid, no mês de Agosto de 2011.

Um outro aspecto a salientar é a importância dada à crescente urgência social que se faz sentir. Como resposta, por parte da Diocese, a planificação pastoral procura potenciar as possíveis respostas que a Cáritas Diocesana e os Centros Sociais Paroquiais podem dar às necessidades mais prementes que estão a surgir no território, de profunda interioridade, da Diocese.

O plano pastoral está disponível no site da Diocese (www.diocese-lamego.pt), para consulta e download.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Vigilia das Vocações


No dia 12 de Novembro, a Igreja Paroquial de Vila Nova de Paiva acolheu a Vigília Diocesana pelas Vocações, presidida pelo Sr. Bispo, D. Jacinto Botelho.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Bispo de Lamego dá posse à Direcção da Cáritas Diocesana

No passado dia 06 de Novembro, na Residência Episcopal, Sua Ex.ª Rev.ma, Senhor D. Jacinto Tomás de Carvalho Botelho deu posse à Direcção, por ele nomeada através do Decreto 04/2010.

O Presidente da Direcção da Cáritas Diocesana informou os presentes acerca da situação actual desta Instituição da Igreja, bem como, do trabalho a fazer em ordem a uma abrangência verdadeiramente diocesana, que envolva cada vez mais o espírito de entreajuda e partilha nas comunidades paroquiais, como identidade do ser cristão.

Ao tomar a palavra, o Sr. Bispo referiu o papel preponderante da Cáritas como a “alma”, e citando Papa Bento XVI “o coração que vê” olhos nos olhos as verdadeiras necessidades de cada pessoa que está constituída em necessidade.

No final do acto, foi lida a acta/registo da tomada de posse da Direcção, tendo seguidamente sido assinada pelos seus membros e por Sua Ex.ª Rev.ma, Senhor D. Jacinto Botelho.

A Direcção da Cáritas

Jornadas Teológicas do IST - Viseu

O Instituto Superior de Teologia - Viseu, promove as Jornadas Teológicas 2010 subordinadas ao tema "Repensar a Igreja numa sociedade em mudança", nos dias 22 e 23 de Novembro de 2010.

Mais informações: Jornadas Teológicas do IST 22-23 nov. 2010

Bispo de Lamego escreve carta aos Sacerdotes da Diocese

O Sr. D. Jacinto Botelho, Bispo da Diocese de Lamego, escreveu uma carta a todos os seus sacerdotes, sobre algumas iniciativas da Diocese, abordando também o tema da sua renúncia como Bispo da Diocese, como previsto no Direito quando é atingida a idade de 75 anos.

Começando por se referir à Assembleia do Clero, que se realizou no passado dia 05 de Outubro, o Sr. Bispo de Lamego agradece “a participação empenhada na Assembleia do Clero, manifestação privilegiada da unidade do presbitério.” E continua: “os mais de setenta que estiveram presentes são testemunhas da seriedade da reflexão feita e do bom clima de fraternidade que se viveu.”

A carta contém, em seguida, o convite para a participação de todos, mas especialmente dos leigos mais comprometidos nas paróquias e nas várias instituições, no Dia da Igreja Diocesana, que ocorrerá a 21 de Novembro. Na parte da manhã desse dia será o momento de reflectir sobre o tema proposto pela Conferência Episcopal Portuguesa, “Repensar juntos a Pastoral da Igreja em Portugal”, e, na parte da tarde, o Sr. D. Jacinto preside à solene Eucaristia, na Catedral.

Nesta mensagem aos seus sacerdotes, o Sr. Bispo convida os sacerdotes a participar no retiro anual do clero, que terá lugar na Casa de S. José, entre os dias 26 e 29 de Dezembro. O retiro será orientado pelo Sr. D. João Lavrador, Bispo auxiliar do Porto. A este respeito, escreve o Sr. D. Jacinto: “o Retiro é dos meios espirituais mais eficazes para conseguirmos a graça de vivermos a alegria da consagração e testemunharmos a fidelidade sacerdotal alicerçada na fidelidade de Cristo, como nos lembrava Bento XVI em Fátima.”

A carta continua anunciando que, em união com o Santo Padre Bento XVI, e na sequência de um Ofício dirigido a todos os Presidentes das Conferências Episcopais por parte da Santa Sé, o Sr. Bispo presidirá, no dia 27 de Novembro de 2010, a uma vigília de oração “pela vida nascente.” A vigília terá lugar na Igreja de S. Francisco, em Lamego, com início pelas 21h00. O Sr. D. Jacinto convida todos os sacerdotes a promoverem iniciativas semelhantes nas Paróquias.
Por fim, o Sr. D. Jacinto refere-se, com as seguintes palavras, ao facto de ter completado a idade prevista para pedir a renúncia como Bispo da Diocese de Lamego: “Em 15 de Agosto último, aniversário da minha ordenação sacerdotal, de harmonia com o Cân. 401, § 1, escrevi ao Santo Padre a pedir a minha resignação como bispo diocesano, em virtude de completar os 75 anos de idade, no mês de Setembro. O Santo Padre aceitou o meu pedido, nunc pro tunc, (nomeação do novo Bispo de Lamego) comunicando-me o Senhor Núncio, em 4 de Outubro, que a designação do meu sucessor “ocorrerá, presumivelmente, daqui a um ano”, devendo permanecer na condução pastoral da Diocese de Lamego até essa data”.

Semana dos Seminários

A Igreja Católica em Portugal celebra entre 7 e 14 de Novembro a Semana dos Seminários, desta feita subordinada ao tema “Seminário, comunidade dos discípulos de Cristo e irmãos no presbitério”.

Os últimos dados disponibilizados pela Santa Sé mostram que os seminaristas de filosofia e teologia no nosso país são menos, nos últimos anos: de 547, entre diocesanos e religiosos, no ano 2000, passou-se para 444 em 2008 (menos 19%). Lisboa, Porto, Braga, e Funchal são as dioceses com mais candidatos ao sacerdórcio.

O presidente da Comissão Episcopal de Vocações e Ministérios (CEVM), D. António Francisco dos Santos, Bispo de Aveiro, considera que esta semana é uma oportunidade para passar uma mensagem de “confiança”, “como tempo e oportunidade para valorizarmos o trabalho e a missão dos Seminários na formação dos futuros sacerdotes”.

“Queremos dizer uma palavra de muita alegria e renovada confiança a todos os seminaristas de Portugal e testemunhar sentida gratidão a quantos se entregam diariamente com exemplar dedicação e inexcedível generosidade à exigente causa da formação nos nossos Seminários”, indica o Bispo de Aveiro.

O lema para a celebração segue o mesmo tema da semana dos formadores dos seminários de Portugal, realizada no último mês de Setembro, nos Açores.

“Estou consciente e confiante de que aos Seminários nunca faltará a comunhão fraterna e exemplar dos presbitérios diocesanos e religiosos nem a oração, o afecto e a generosidade das comunidades cristãs”, diz o presidente da CEVM, na sua mensagem para esta ocasião.

A semana dos seminários de 2010 fica, naturalmente, marcada pela carta aos Seminaristas de todo o mundo que Bento XVI divulgou no último dia 18 de Outubro. No texto, o Papa lembra a sua própria caminhada no seminário, afirmando que então sabia que “mais do que nunca que haveria necessidade de sacerdotes”, deixando uma palavra de encorajamento, perante as dificuldades que a Igreja sentiu recentemente.

Em texto escrito para a Agência ECCLESIA, o padre João Alves, do Seminário de Santa Joana Princesa, Aveiro, define um “seminarista maduro” como aquele que “adquiriu a capacidade de agir livremente, que integrou e desenvolveu virtudes humanas, que adquiriu uma capacidade de autocontrolo e integração das diversas forças emotivo-afectivas”.

Já o padre Miguel Neto, do gabinete de informação da Diocese do Algarve, sublinha que os futuros sacerdotes desta nova era tem de ser um “nativo digital” que olha para esta rede como o melhor e mais rápido lugar onde encontra as aspirações, não só dos cristãos, mas sobretudo daqueles que são objecto do primeiro anúncio da fé”.

Valença do Douro com novo pároco

No início da Semana dos Seminários, 7 de Novembro, o Pe. Marcos Alvim tomou posse das paróquias que lhe são confiadas pelo Sr. Bispo, Desejosa e Valença do Douro, ambas no Arciprestado de Tabuaço.

Numa tarde solarenga, a comunidade de Valença do Douro aguardou, em festa, a chegada do novo pároco e do pároco que se despedia, passados 33 anos de serviço à comunidade.

Pouco a pouco as pessoas aproximaram-se da Igreja Paroquial. O Pe. Marcos Alvim e o Pe. Frederico Martins, juntamente com o Sr. Vigário Geral e outros convidados, estavam para chegar da Desejosa.

Tudo preparado, os bombos davam colorido à espera. Entretanto foram chegando ilustres convidados, o Sr. Governador de Viseu, o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Tabuaço, o Sr. Presidente da Junta de Freguesia. Num contexto eclesial, a presença dos reverendos Pe. Albano, Pe. Ildo, Pe. Manuel, párocos do Arciprestado de Tabuaço, o pároco de Cinfães, Pe. Francisco Marques, com alguns jovens, Pe. Hermínio, colega de ano do Pe. Marcos, Pe. Ponciano, natural de Valença, e Pe. Libório, Arcipreste de Armamar e pároco de Fontelo de São Domingos, de onde é natural o Pe. Marcos, e o seminarista Ricardo Barroco.

O Sr. Vigário Geral deu posse ao reverendo Pe. Marcos, no início da celebração eucarística, agradecendo, em nome do Sr. Bispo e da Igreja, ao Pe. Frederico Martins pelo seu serviço ao longo de muitos anos e também ao pároco que toma posse pela disponibilidade em ter aceitado mais esta missão para lá das que já vem acumulando.

Durante a celebração da Eucaristia tomaram a palavra o Pe. Frederico, para sublinhar o trabalho realizado ao longo dos anos e a colaboração da comunidade, permitindo, entre outras obras, a construção da Igreja paroquial; o Presidente da Junta, para agradecer ao pároco que cessou a sua missão e dar as boas vindas ao novo pároco; o Pe. Marcos Alvim, para agradecer a presença de todos, da sua família, de seus amigos, dos colegas, da comunidade, disponibilizando-se para trabalhar com a ajuda de todos.

Durante a homilia o reverendo Vigário Geral da nossa diocese sublinhou que a missão do novo pároco, Pe. Marcos Alvim, seria precisamente anunciar a palavra de Deus, o Evangelho de Jesus Cristo, testemunhando a ressurreição de Jesus, e encaminhando as pessoas para a vida eterna.

Tomou também a palavra um paroquiano de Valença do Douro para homenagear o reverendo Pe. Frederico Martins e igualmente manifestar o ensejo de que a missão do novo pároco fosse profícua.

Depois da Eucaristia, o convívio à volta de outras mesas. E, como referiu o novo pároco de Valença do Douro, que seja tudo para maior glória de Deus Pai.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Paróquia de Resende peregrina a N. S. do Viso

A peregrinação a Nossa Senhora do Viso insere-se na planificação pastoral da paróquia de Resende há alguns anos. É realizada duas vezes por ano: no 1º domingo de Maio e no 3º domingo de Outubro. Lembra assim os dois meses com especial significado mariano e que marcam também o início e o encerramento das peregrinações marianas em Fátima.

Tem como objectivos:
-Fomentar o sentido espiritual da peregrinação;
-Desenvolver e estimular a devoção mariana, assinalando os meses mais significativos;
-Intensificar o sentido da unidade da paróquia;-
-Assinalar o início do ano pastoral, pedindo a protecção de Nossa Senhora (Outubro);
-Celebrar o dia da Mãe e consagrar todas as mães à Mãe do Céu (Maio)...

A peregrinação começa com uma caminhada a partir de dois pontos da paróquia - igreja paroquial / Arco - às 14h (Outubro) ou 15h (Maio) dirigindo-nos para a capela de Nossa Senhora do Viso. Pelo caminho, os canta-se, reza-se, fazem-se meditações, colocam-se intenções, fazem-se espaços de silêncio... A caminhada demora cerca de 1 hora. Chegados à capela de Nossa Senhora do Viso, é celebrada a missa campal com a participação do grupo coral da paróquia, escuteiros, acólitos e outros grupos paroquiais... No fim faz-se a procissão com o andor de Nossa Senhora do Viso (às vezes juntam-se outros andores, conforme as promessas - Nossa Senhora, Santa Quitéria, etc), saindo da capela até ao cruzeiro e regresso à capela. Termina a peregrinação com encomendação dos planos de pastoral à mãe do céu (Outubro) ou com a benção das mães (Maio).

No fim, fica ainda durante algum tempo a música transmitida pelos altifalantes enquanto algumas famílias se juntam nos espaços verdes à volta para partilharem o lanche e confraternizarem mais um pouco.

Costumam participar entre 300 a 500 pessoas. Ontem, domingo, estavam cerca de 400.
A finalidade engloba as três dimensões - religiosa em primeiro lugar, mas também é uma oportunidade de convívio e de encontro (há pessoas da comunidade que só se encontram nestas ocasiões - os do Enxertado e Paredes, com os de Mirão e Loureiro, por exemplo, dada a distância que os separa) e indirectamente também se promovem hábitos saudáveis (a caminhada faz sempre bem e no meio da natureza pura, ainda melhor).

A tradição já é antiga, mas esteve algo esmorecida durante muitos anos. Há cerca de meia dúzia de anos fizemos o restauro da capela e do espaço exterior e fizemos renascer o espírito da peregrinação.

Padre José Augusto, Pároco de Resende, in Blog Paus-Resende

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Encontro, em Fátima, dos Secretariados da Pastoral Juvenil

Os Secretariados diocesanos de Pastoral Juvenil reúnem-se, em Fátima, Casa das Dores, dias 15 e 16 de Outubro para programarem e avaliarem as actividades da Pastoral Juvenil.

Entre os temas que estarão em cima da mesa, destacam-se a preparação de várias actividades a nível nacional (como o Festival Fátima Jovem 2010 e o VIII Festival Nacional Jovem da Canção de Mensagem), bem como a preparação para as Jornadas Mundiais da Juventude que, no próximo ano, terão lugar em Madrid.

sábado, 9 de outubro de 2010

Movimento da Mensagem de Fátima peregrina ao Santuário da Lapa

O Movimento da Mensagem de Fátima peregrinou, neste 9 de Outubro, ao Santuário de N. S. da Lapa.

A Directora, Maria Isabel Carvalho da Silva Figueiredo, e o Assistente, P. Joaquim Manuel Silvestre, juntamente com as pessoas mais responsáveis do Movimento na nossa Diocese desfizeram-se em esforços para que tudo corresse da melhor maneira. 

Após o acolhimento, deu-se início à meditação sobre o tema "Reparte com alegria como a Jacinta". Os vários textos, ajudaram os presentes a reflectirem sobre vários ensinamentos que se podem retirar da vida e da fé da mais nova dos Pastorinhos de Fátima.

Às 11h00, teve início a Eucaristia, presidida pelo Sr. D. Jacinto Botelho, Bispo da Diocese. Na homilia, o Prelado encorajou os presentes a conhecerem cada vez melhor a Mensagem de Fátima e, com coragem, a transmitirem-na aos outros, não só com as palavras, mas, sobretudo, com o testemunho de uma vida cristã coerente.

A seguir à homilia, algumas pessoas foram admitidas como membros do Movimento da Mensagem de Fátima pelo Sr. Bispo, e na presença do Sr. P. Manuel Antunes, Assistente Nacional do Movimento.

Este ano, devido à instabilidade do tempo, a Eucaristia foi celebrada dentro da Igreja do Santuário, que, devido à numerosa presença dos Mensageiros, ficou completamente lotada.
Depois do almoço, teve lugar uma reunião que contou com a participação dos responsáveis paroquiais do Movimento.

A peregrinação terminou com a exposição do Santíssimo Sacramento, recitação do terço e bênção, sob a orientação do Sr. P. Manuel Antunes.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Assembleia Geral do Clero da Diocese de Lamego

No passado dia 5 de Outubro, o presbitério da Diocese de Lamego reuniu-se em Assembleia, presidida pelo Sr. D. Jacinto Botelho, Bispo da Diocese, no Seminário Maior, em Lamego, no qual participaram 65 sacerdotes.

O encontro iniciou com a recitação da Hora Intermédia. Como comentário à leitura, o sr. Bispo, citando a Homilia que Bento XVI tinha proferido nas Vésperas com Sacerdotes e Consagrados na Igreja da Santíssima Trindade, em Fátima, no dia 12 de Maio deste ano, animou os presentes a serem "solícitos uns pelos outros", procurando viver fraternalmente o ministério.

Depois de terminada a oração inicial, a intervenção inicial ficou a cargo do Sr. D. Jacinto que procurou ilustrar qual o propósito do movimento de renovação da pastoral promovido pela Conferência Episcopal Portuguesa, e no qual se deve também inserir a Diocese de Lamego. O projecto "Repensar juntos a Pastoral da Igreja em Portugal" foi brevemente exposto pelo Sr. Bispo que, depois, acrescentou que, uma vez que completou 75 anos de idade no passado dia 11 de Setembro, já tinha escrito ao Santo Padre uma carta a pedir um sucessor, tal como previsto no Código de Direito Canónico. Afirmou ainda ter escrito essa carta no passado dia 15 de Agosto, dia em que completava 52 anos de sacerdócio.
Em seguida, o P. Adriano Cardoso, a partir de alguns textos que ele tinha previamente escolhido, passou a referir alguns aspectos que, na sua opinião e a partir da sua experiência, podiam enquadrar este projecto no qual deve intervir toda a Diocese de repensamento e renovamento da pastoral.
Ao final da manhã, e já depois de um breve intervalo, foi a vez de o Sr. Cón. José Manuel Pereira Melo, Director do Secretariado Diocesano da Educação Cristã, ilustrar detalhadamente em que é que consiste o projecto "Repensar juntos a Pastoral da Igreja em Portugal", delineando prazos e o que se pretende com este projecto.

Seguiu-se o almoço e alguns momentos de convívio, proporcionados pelo P. Marcos Alvim, o P. Abel Pires, o P. Manuel Pinto Moura e o Mons. José Guedes.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

P. José António parte em missão para o Brasil

No próximo dia 29 de Setembro vou partir para o Brasil até Julho de 2011. Como foi possível?

Depois de 20 anos de pároco, por terras de Penedono, onde sempre fui bem acolhido e me sentia bem, partir para um ano sabático é uma loucura, porque sem ordenado, sem certezas do futuro, mandaria a sábia prudência que colhesse os frutos da sementeira realizada, da bela comunidade construída, e da casa, onde comodamente vivia.
A idade vai avançando e vamos perdendo forças e entusiasmo… Este novo desafio chegou na altura certa. Agradeço aos padres do arciprestado de Penedono e ao padre Samuel a amabilidade com que aceitaram outras paróquias e assim possibilitaram a minha partida. Não podemos viver sem esperança, alegria e entusiasmo. Um ano de estudo, descanso e distanciamento da realidade pode ajudar a crescer e a abrir novos horizontes.

Não seria altura da Assembleia do Clero e dos arciprestados aprofundarem estas realidades? Na obediência e fidelidade a nós próprios, saibamos lutar por aquilo que e a consciência nos dita.

Este ano sabático surge da experiência em Moçambique, onde desenvolvemos nove micro-projectos (como já pude partilhar neste jornal) e também após uma incursão na Amazónia – Brasil onde pude apoiar um padre holandês no seu trabalho com uma comunidade de trinta e cinco mil pessoas. Nesse tempo vivi na Mariápolis Glória, uma das 18 cidadelas (pequenas “cidades” espalhadas pelo mundo onde se procura viver o Evangelho, cuja lei é a do mandamento novo que o movimento dos Focolares criou pela mão da sua fundadora Chiara Lubich.

Esta experiência concreta de amar e ser amado na simplicidade de todos os dias fascinou-me. As grandes dificuldades dos padres, em viver o celibato num tempo em que o individualismo, relativismo e hedonismo reinam, perde sentido porque sem comunidades autênticas somos generais sem exército a lutar contra moinhos de vento, fazendo o papel de “palhaços”, como alerta o Papa Bento XVI num dos seus livros. Esta experiência deu-me esperança e tornou possível alargar os horizontes culturais e religiosos. E porque nem só de receber se fazem estas experiências, foi possível desenvolver alguns pequenos projectos apoiados pelo Centro Social Paroquial de Penedono (ajudar a construir duas igrejas, uma casa, duas instituições de toxicodependentes que vivem em casas muito pobres e duas bicicletas para possibilitar a deslocação de pessoas para o seu trabalho). Numa perspectiva de continuação do projecto estabeleceu-se um protocolo entre o Centro e a escola Fiore que acolhe crianças de um bairro pobre da cidade. Tantas vezes ouvi “primeiro nós depois os outros”, quando o Evangelho afirma precisamente o contrário.

Depois de tudo o que foi feito em Moçambique e no Brasil, a Segurança Social aumentou o protocolo do Centro Social em 33 por cento, depois de tantas dificuldades que pareciam inultrapassáveis. Podemos assim contratar uma nova funcionária e abrir o apoio a duas paróquias vizinhas. Para quem acredita, a revolução do Evangelho vai -se realizando e o “Dai e dar se-vos- à” torna-se concreto nas nossas comunidades fortalecendo a nossa vontade de ir contra a corrente, da mentalidade pouco cristã, que encontramos em alguns dos nossos colaboradores. Pequenas gotas, é certo, mas que ajudavam a reparar um oceano de injustiças que os nossos antepassados cometeram.

No último encontro de despedida, num jantar na Mêda, fiz o apelo aos sacerdotes para se encontrarem, como fazíamos semanalmente em Penedono, pois só assim nos sentiremos mais fortalecidos.

“Quem diz o que sente não peca nem mente”, mas pode estar errado. Espero não magoar ninguém com esta partilha. Quero partir em paz, continuar em comunhão com todos e regressar feliz e com mais entusiasmo.

Um abraço fraterno.
P. José António Rodrigues

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Museu Diocesano de Lamego acolhe exposição sobre os Padroeiros da Diocese

O Museu Diocesano de Lamego acolhe a exposição denominada Martírio e Cultura: o testemunho da fé, que estará patente de 05 de Outubro a 07 de Novembro. Haverá uma mostra de peças de arte sacra, nomeadamente pintura e escultura, oriundas de várias paróquias da Diocese de Lamego, relacionados com os padroeiros: São Sebastião e Santo Agostinho.

A exposição, promovida pela Turel, com a colaboração da Diocese de Lamego e da Região de Turismo do Porto e do Norte de Portugal, com o apoio da CCDRN ao abrigo do QREN e da Câmara Municipal de Lamego, será inaugurada no dia 05 de Outubro, pelas 18h00, com a presença dos vários responsáveis das entidades envolvidas, e estará patente no Museu Diocesano de Lamego, na Casa do Poço (em frente da Catedral de Lamego) até ao dia 07 de Novembro.

Cinfães Homenageou o Cónego Acácio Soares

Em 5 de Setembro a paróquia e o povo de Cinfães homenagearam o Sr. Cónego Acácio Soares em oportuna e justa iniciativa, pois além de se tratar dum notável homem da terra, dedicou a maior parte da sua vida à paroquia de Cinfães no seu múnus pastoral.

Nascido em Algereu da freguesia de S.Cristóvão em 1924, frequentou os seminários de Lamego para ser ordenado Presbítero em1950.
Antes de assumir a responsabilidade de Cinfães em Janeiro de 1969 que serviu até 2007,o Pe. Acácio foi pároco de Chavães e Vale de Figueira, Prefeito do Seminário, Director espiritual e Director da Obras Diocesana das Vocações (O.V.S).
A presente e louvável iniciativa deve-se ao dinamismo do actual Abade de Cinfães, Pe. Francisco Marques que juntou na homenagem os 86 de idade , os 60 de sacerdócio, os 37 de paroquialidade e a fez coincidir com a inauguração das obras de recuperação da residência, motivo por que aos actos religiosos presididos Pelo Snr. D. Jacinto, Bispo de Lamego com a presenças de muito clero e povo de Cinfães se juntou o poder civil com a presença e colaboração da Câmara, Governo Civil, Secretário de Estado e deputado do Distrito, unidos todos no acto religioso, sessão solene no salão e convívio acompanhado de lanche aberto à população.

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In Canastro das ideias, por Dr. Adão Sequeira

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Cón. Acácio Soares celebra 60 anos de sacerdócio

A Paróquia de Cinfães, pela iniciativa do seu Pároco, P. Francisco Marques, homenageou o Cón. Acácio Ferreira Soares, celebrando os 60 anos do seu sacerdócio.

Nascido a 14 de Maio de 1924, em S. Cristóvão de Nogueira, no concelho de Cinfães, e depois de ter frequentado os Seminários Diocesanos, o Cón. Acácio foi ordenado sacerdote no dia 03 de Setembro de 1950. Logo após a ordenação sacerdotal, foi enviado como Pároco para Chavães e Vale de Figueira, no concelho de Tabuaço. Posteriormente, foi nomeado Prefeito e responsável da disciplina no Seminário Maior de Lamego. Foi ainda Director da Obra Diocesana das Vocações e Director Espiritual. Em 01 de Janeiro de 1969, tomou posse da Paróquia de Cinfães, onde serviu durante 38 anos.

Na tarde do passado dia 05 de Setembro, pelas 15h, teve início a Eucaristia, na Igreja Matriz de Cinfães, presidida pelo Sr. D. Jacinto Botelho, e na qual participaram cerca de duas dezenas de sacerdotes, várias autoridades civis e um grande número de leigos.
Na homilia, o Sr. Bispo enalteceu a fidelidade ao ministério sacerdotal do Cón. Acácio ao longo destas seis décadas, e agradeceu o exemplo que lhe deu quando, como seminarista, o teve como Prefeito do Seminário.

No final da Eucaristia, o Sr. Cón. Acácio foi presenteado com várias lembranças.

Depois, seguiu-se a bênção da residência paroquial que, graças à colaboração de várias entidades, sofreu obras de remodelação. Marcaram presença o Sr. Secretário de Estado da Administração Local, José Junqueiro, bem com o Presidente da Câmara de Cinfães, José Pereira Pinto e outras autoridades civis. Foi descerrada a placa que assinala o final das obras de recuperação do Centro paroquial e seguiu-se a sessão solene, que terminou com um lanche para os participantes.

Mons. José Gomes homenageado em Penela da Beira

Natural da paróquia de Penela da Beira, no concelho de Penedono, Mons. José do Nascimento Gomes foi ali homenageado no dia 22 de Agosto pelos sessenta e dois anos do seu Sacerdócio.

A homenagem foi celebrada na Eucaristia presidida pelo Senhor D. António José Rafael, seu condiscípulo no Seminário, e em que concelebraram sete Sacerdotes, desde o Pároco, P.e Luciano Moreira a outros que puderam estar presentes nessa tarde de Domingo. À sua paróquia natal juntou-se um numeroso grupo de paroquianos de S. João da Pesqueira, continuando a homenagem que ali lhe foi prestada no Domingo anterior.

A igreja estava cheia, o Grupo Coral deu grande vida à celebração e o Pároco começou por saudar o seu paroquiano e dar as boas-vindas a todos os que se quiseram associar ao acontecimento. Com as leituras proclamadas por dois membros da assembleia, o Evangelho foi lido por Mons. José Gomes, o homenageado da tarde.

A homilia foi feita pelo Senhor D. António Rafael, que partiu do texto de Isaías que afirma: «também escolherei alguns deles para sacerdotes e levitas» (I Leitura da Missa) para falar do Sacerdócio e dos Sacerdotes que, em 1948, foram ordenados em Lamego pelo Senhor D. Ernesto Sena de Oliveira, Bispo de Lamego naquele tempo. Entre eles, estava o homenageado daquela tarde.
O Ofertório levou ao altar o pão e o vinho do sacrifício, juntamente com outros dons, entre os quais uma estola para Mons. José Gomes e rematando com um vistoso grupo de quarenta e nove rosas, tantas quantos os anos da sua paroquialidade em S. João da Pesqueira.
Depois do Pai-Nosso cantado por todos e do abraço da paz, a Comunhão foi distribuída por D. António Rafael e Mons. José Gomes.

No final este leu o texto do seu agradecimento, seguido de outros por um familiar que lhe dedicou uns versos, um conterrâneo e uma paroquiana de S. João da Pesqueira, que sublinhou o acompanhamento cristão da sua vida por Mons. José Gomes, desde o seu baptismo, festas da Comunhão, casamento e baptismo de sua filha. O Pároco agradeceu a amizade e colaboração que sempre encontrou no homenageado, voltando a franquear-lhe as portas da sua igreja, sempre ao dispor.

Entre os presentes estavam os Srs. Presidentes das Câmaras de Penedono e S. João da Pesqueira, que participaram em toda a celebração e entre os sacerdotes estava o P.e Francisco Guilherme, Arcipreste de Penedono.

No final, outros foram associados à homenagem em jeito de agradecimento e aos sacerdotes presentes foi oferecido um CD, «Penela da Beira a cantar», gesto que se agradece em nome de todos. Mais flores passaram junto do altar, mais alegria e amizade manifestadas e que continuaram num beberete, ali mesmo no adro da igreja.

In Voz de Lamego, 2010.08.24

sábado, 28 de agosto de 2010

Homenagem ao P. João Ferreira Rodrigues

A Associação Cultural Recreativa e Desportiva "Construir", de Valdigem, promove uma homenagem ao P. João Ferreira Rodrigues, em Valdigem nos dias 28 e 29 de Agosto.

No dia 28 de Agosto, sábado, terá lugar a Eucaristia de Sufrágio do 1º. aniversário do seu falecimento, com início pelas 18h00, seguida de romagem ao Cemitério.

No dia 29 de Agosto, pelas 17h00, o Sr. D. Jacinto Botelho, Bispo da Diocese de Lamego, preside à Eucaristia, na Igreja Matriz de Valdigem, seguindo-se uma homenagem com a inauguração da Exposição "Um Sacerdote, um Amigo... Vida e Obra em Valdigem", que ficará patente na Sede da Associação.

O P. João Ferreira Rodrigues nasceu a 10 de Março de 1958, em Valdigem, concelho de Lamego, frequentou os Seminários Diocesanos desta Diocese. Foi ordenado diácono a 01 de Dezembro de 1982 e Sacerdote a 20 de Agosto de 1983, pelas mãos de D. António Xavier Monteiro. Nesse mesmo ano, em Dezembro, começou a auxiliar o Rev. Pe. João Cardoso dos Santos mas só em 1990 seria nomeado Pároco da sua terra natal.

Em 1985, foi nomeado Capelão Militar, com a responsabilidade de exercer o seu ministério no Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE).

P. Doutor Gonçalves da Costa homenageado

Para assinalar o centenário do nascimento do P. Doutor Manuel Gonçalves da Costa, a Liga dos Amigos do Museu de Lamego, em colaboração com esta instituição promove uma conferência sobre a sua vida e obra, proferida pelo Sr. D. António Francisco dos Santos, Bispo de Aveiro. O evento terá lugar no próximo dia 6 de Setembro, no Museu de Lamego.

P. Doutor Manuel Gonçalves da Costa nasceu em Penude, concelho de Lamego, no dia 1 de Agosto de 1910. Foi ordenado sacerdote a 13 de Maio de 1942. Depois da ordenação sacerdotal, prosseguiu os seus estudos em Letras no Universidade de Dublin, na Irlanda.

Regressado à Diocese de Lamego, foi nomeado Pároco, em 1950, de Meijinhos e Melcões, no Arciprestado de Lamego. Mais tarde, seria também Pároco de Lalim.

Dedicou a maior parte da sua vida à pesquisa e à escrita de obras de carácter histórico, entre as quais se destaca a "História da Cidade e do Bispado de Lamego", monumento literário em 6 volumes. Em 1990, publicou também a obra "Seminários e Seminaristas de Lamego".

Faleceu e 17 de Abril de 1997, em Lamego, cidade onde residiu praticamente toda a sua vida e que agora, no centenário do seu nascimento, o homenageia.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Bispo de Lamego lamenta encerramento de escolas

O Bispo de Lamego alertou para as implicações familiares e sociais do encerramento de escolas primárias, uma decisão governamental com particular incidência no Concelho, onde encerram 21 estabelecimentos.

“Estamos a retirar das nossas populações, já tão carenciadas e esquecidas, um meio que ainda poderia ser um factor de atracção, pelo que o encerramento das escolas é um factor que no futuro contribuirá, sem dúvida, para uma maior desertificação”, sublinha D. Jacinto Botelho, em declarações à Agência ECCLESIA.

O prelado, que ficou surpreendido quando soube que o concelho lamecense é o mais afectado pela decisão, critica o encerramento generalizado de estabelecimentos com menos de 21 estudantes, embora reconheça que a medida é positiva no caso de as escolas agora fechadas não terem “o mínimo de condições”.

As consequências familiares da medida são uma das principais preocupações de D. Jacinto Botelho: “O retirar as crianças aos pais implica afastá-los do ambiente próprio da sua educação, onde elas poderiam crescer de forma normal”.

O prelado alerta para a retenção dos alunos durante “praticamente todo o dia” nos centros escolares para onde vão ser transferidos e para a distância entre a residência e os estabelecimentos de ensino, que poderá “obrigar as crianças a levantar-se demasiadamente cedo”.

D. Jacinto Botelho também manifesta a sua perplexidade pelo facto de o Governo apontar para a necessidade de travar a desertificação das regiões do interior ao mesmo tempo que executa uma medida que, no seu entender, vai estimular o abandono das povoações afastadas dos centros urbanos.

“É um valor que existia nas nossas comunidades e que se vai perdendo” lamenta o prelado, que não esconde a “tristeza” pelo fecho dos 21 estabelecimentos de ensino no concelho.

Este responsável defende que os estabelecimentos de ensino com mais de dez crianças deveriam permanecer abertos: “Se há mais de uma dezena de alunos num lugar, dá-me a impressão de que deveriam continuar com as escolas existentes”.

Para D. Jacinto Botelho, esta é “uma questão complexa para a qual é preciso haver um discernimento muito equilibrado, sem sentimentalismos exacerbados, mas ao mesmo tempo com a preocupação de procurar ver a realidade”.

“Tudo o que seja em favor de uma melhor educação é óptimo. Mas é preciso que ela ajude ao crescimento em muitos aspectos”, realça.

No entender do prelado, a causa destes encerramentos está na diminuição da natalidade, situação que por sua vez radica numa questão moral: “Há um grande egoísmo por parte das famílias na questão da paternidade, pelo que hoje os filhos são muito menos”.

As Direcções Regionais de Educação divulgaram esta Quarta-feira a lista dos 701 estabelecimentos de ensino que vão encerrar no próximo ano lectivo, ao abrigo do programa de reordenamento da rede escolar.

A região Norte será a mais afectada, ao ver 384 escolas a fechar portas no início do próximo ano lectivo. No Centro serão encerradas 152 escolas, na região de Lisboa e Vale do Tejo outras 121, no Alentejo 32 e no Algarve 12.

Novos Sacerdotes da Diocese de Lamego celebram Missas Novas

Depois do P. José Filipe ter celebrado a sua Missa Nova em Nespereira, no concelho de Cinfães, também os restantes novos sacerdotes da Diocese de Lamego o fizeram.

O P. André Pereira, de S. Joaninho, no concelho de Castro Daire, celebrou a sua Missa Nova no dia 18 de Julho, na sua terra natal. A Igreja foi pequena para acolher todos aqueles que desejaram associar-se à sua alegria. A homilia, na Eucaristia, foi proferida pelo Sr. P. António Silva Mendes, conterrâneo e primo do novo sacerdote.

O P. Bernardo Maria Magalhães celebrou a sua Missa Nova na Paróquia de Santa Comba, no concelho de Vila Nova de Foz Côa, onde realizou o seu estágio pastoral como Diácono. A Santa Missa contou com a participação de alguns membros do Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil, com o qual o P. Bernardo também colaborou nos últimos meses.

O P. António Giroto celebrou a sua Missa Nova na Igreja de Parada, no concelho de Castro Daire, no dia 01 de Agosto. Foram muito numerosos os familiares e amigos que marcaram presença na Eucaristia.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Convívio Sacerdotal da Diocese de Lamego

P. André Pereira celebra Missa Nova em S. Joaninho

S. Joaninho, no concelho de Castro Daire, vestiu-se de festa para celebrar a Missa Nova do P. André Pereira. Marcaram presença 26 sacerdotes, alguns deles da Diocese de Viseu, amigos e condiscípulos do P. André.

A Eucaristia teve início pelas 16h, e foi animada pelo Grupo Coral de Castro Daire, acompanhado ao órgão por Marcos Mendes.

No início da Missa, o P. Vítor Rosa deu as boas vindas ao P. André e desejou-lhe os mais abundantes frutos no exercício do seu ministério. A homilia foi proferida pelo P. António Silva Mendes, também ele natural de S. Joaninho, e primo do novo sacerdote, que referiu que, nos últimos 53 anos, celebraram a sua Missa Nova naquela freguesia 3 sacerdotes da mesma família: o P. André, o P. António Silva Mendes e D. Manuel António, actual Bispo de S. Tomé e Príncipe.

No final da Eucaristia, o P. André agradeceu áqueles que o marcaram ao longo da sua vida, na sua formação humana, espiritual e sacerdotal. Uma referência especial mereceram o Sr. António e a Prof. Ana Maria, pais do novo sacerdote.

O Sr. Presidente da Câmara de Castro Daire também marcou presença e ofereceu ao P. André uma pequena lembrança em nome do concelho ao qual preside.

Depois da Missa, foi possível saudar o P. André. O convívio continuou depois da celebração, com o lanche a ser servido na casa de família do novo sacerdote de S. Joaninho.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

P. José Filipe celebra em Nespereira a Missa Nova

Há 65 anos que a Paróquia de Nespereira não celebrava a Missa Nova de um dos seus conterrâneos. Por isso, foi com grande alegria que, na tarde do dia 11 de Julho, a Paróquia do concelho de Cinfães se engalanou para o acontecimento.

O Pároco, P. José Augusto, e a população da freguesia não pouparam esforços para que tudo decorresse da melhor maneira. Por volta das 17h, o novo sacerdote, acompanhado dos seus condiscípulos, do Pároco, de cerca de três dezenas de sacerdotes e dois diáconos, fez o percurso entre a residência paroquial e o espaço onde foi montado o palco para a Eucaristia. Nesse percurso, as pessoas estenderam um lindíssimo tapete de flores.

No início da Missa, o P. José Augusto deu as boas vindas a todos os presentes e salientou a importância do momento que se estava a viver para a Paróquia que, desde o saudoso P. Vieira, não celebrava a Missa Nova de um sacerdote.

Na homilia, o P. José Filipe, comentando as leituras do dia, referiu-se à importância da Eucaristia na vida, não só do sacerdote, mas de todos os cristãos. Advertiu ainda todos os presentes sobre a necessidade que cada cristão tem de viver a caridade para com o próximo, como Cristo a viveu com cada um de nós.
No ofertório solene da Eucaristia, além dos dons necessários à celebração, foram ainda oferecidos ao novo sacerdote um conjunto de presentes, não só por parte da Paróquia, mas também por parte da Junta de Freguesia, dos Bombeiros, do Rancho Etnográfico de Nespereira e das várias associações presentes e operantes na freguesia. Também os sacerdotes do Arciprestado de Cinfães presentearam o novo sacerdote com dois livros.

Antes de terminar a Eucaristia, e depois dos agradecimentos do P. José Augusto Cardoso, o P. José Justino Lopes, anterior Pároco de Nespereira, recordou ao P. José Filipe que, no dia 11 de Julho, se celebra a festa litúrgica de S. Bento, padroeiro da Europa, e desafiou os jovens de Nespereira a seguirem o seu exemplo de doação a Deus e à Igreja.

Por fim, o P. José Filipe fez os seus agradecimentos, seguindo-se, depois da Santa Missa, o momento de beijar as mãos ao novo sacerdote de Nespereira.

O coro, que brilhantemente animou a Eucaristia, era formado por membros do grupo coral de Nespereira e do Coral Etnográfico de Cinfães.

O convívio continuou depois da Eucaristia, com o lanche servido no Adro da Igreja Paroquial de Nespereira, onde o P. José Filipe foi baptizado.

sábado, 26 de junho de 2010

Padre Marcos Alvim apresenta colectânea musical

As Edições Salesianas, o Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil da Diocese de Lamego e o Padre Marcos Alvim apresentam o cd "Bom Mestre", que reúne os últimos dez hinos das Jornadas Diocesanas da Juventude da Diocese de Lamego.

A apresentação do cd terá lugar no próximo dia 02 de Julho, pelas 21h00, no Centro Paroquial de Almacave, em Lamego.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Homilia do Sr. Bispo nas Ordenações Sacerdotais

Diocese de Lamego com quatro novos sacerdotes


No dia 20 de Junho de 2010, na Sé de Lamego, o Sr. D. Jacinto Botelho, Bispo da Diocese, presidiu ao Pontifical de ordenação de quatro novos sacerdotes para a Diocese de Lamego.

André Filipe Mendes Pereira, António Jorge Gomes Girôto, Bernardo Maria Furtado de Mendonça Gago de Magalhães e José Filipe Pereira são os novos sacerdotes da Diocese de Lamego.

Marcaram presença na celebração o Sr. D. António José Rafael, Bispo emérito de Bragança-Miranda, e D. Manuel António dos Santos, Bispo de S. Tomé e Príncipe, tio de André Pereira. Além deles, estiveram presentes cerca de oito dezenas de sacerdotes, provenientes de várias Dioceses.

Na homilia, o Sr. D. Jacinto referiu-se à conclusão do Ano Sacerdotal e à ordenação dos novos sacerdotes como uma graça, pela qual rejubila a Diocese de Lamego, os Seminários Diocesanos e a família dos ordenados.

A ordenação sacerdotal, nas palavras do Bispo da Diocese de Lamego, «implica uma relação muito íntima e profunda com Cristo, o colóquio pessoal com o Senhor, como prioridade pastoral fundamental. Bento XVI afirmou-o numa das respostas às perguntas feitas pelos sacerdotes na Vigília do Sagrado Coração de Jesus, na Praça de S. Pedro: “É verdadeiramente «profissão» do sacerdote rezar, mesmo como representante das pessoas que não sabem rezar ou não têm tempo de rezar. A oração pessoal, sobretudo a Liturgia das Horas, é alimento fundamental para a nossa alma, para toda a nossa acção”.»

Antes de terminar a Eucaristia, D. Jacinto renovou a consagração que o Santo Padre Bento XVI fez em Fátima de todos os sacerdotes ao Coração Imaculado de Maria. Já depois da bênção final, o Sr. Bispo de Lamego pediu a primeira bênção sacerdotal aos neo-ordenados.

André Pereira, natural de S. Joaninho, concelho de Castro Daire, efectuou o estágio pastoral integrado na equipa formadora do Seminário de N. S. de Lourdes, em Resende, e celebrará a “Missa Nova” na sua terra natal no dia 18 de Julho.

António Girôto, natural do lugar de Mós, freguesia de Parada de Ester, no concelho de Castro Daire, efectuou o seu estágio pastoral com o P. Aniceto Morgado, em Cunha, Granjal, Tabosa da Cunha e Vila da Ponte, e celebrará a “Missa Nova” em Parada de Ester no dia 01 de Agosto.

Bernardo Maria Magalhães, natural de Carvalhido, concelho do Porto, realizou o estágio pastoral com os Padres Bráulio Carvalho e Diamantino Duarte, no espaço pastoral que lhes está confiado, nos concelhos de Foz Côa e Mêda, e celebrará a sua “Missa Nova” no dia 26 de Junho em Eiriz, concelho de Paços de Ferreira, e a 25 de Julho na Paróquia de Santa Comba, concelho de Foz Côa.

José Filipe Pereira, natural de Nespereira, concelho de Cinfães, realizou o estágio pastoral com o P. Amadeu Castro, em Trevões, e celebrará a “Missa Nova” em Nespereira, no dia 11 de Julho.

Ordenações sacerdotais na Diocese de Lamego

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Testemunho do Diác. António Giroto

“Que todos sejam um” (Jo 17,21)

Por António Girôto

Quando no fim de Setembro de 97 entrava no Seminário de Resende não fazia parte dos meus objectivos escrever, um dia, este texto. O miúdo que dava o maior passo da sua vida, que logo no início parecia maior que as pernas, não tinha como preocupação a sua vocação. Mais tarde ouviria o Sr. Vice-Reitor, Cónego Esteves, falar da importância de dizer sim aos amigos, nomeadamente ao Amigo Maior, isto é, de fazer a vontade não apenas dos meus colegas e amigos de caminhada, mas sobretudo de Jesus que me dava a mão para percorrer um caminho que ele próprio tinha traçado para mim. Mas que caminho? Era essa a pergunta que resumia os meus primeiros anos naquele lugar e que me fez pensar na vontade de Deus para mim.

O mundo avança sempre que alguém diz sim a Deus, aceita a sua vontade, corresponde ao seu chamamento que nos fará felizes não apenas na meta, mas durante todas as etapas que temos de percorrer. A decisão de dizer sim a este projecto que Deus tem para mim, ser Padre na sua Igreja, aparecia depois de longa reflexão pessoal, das conversas de um homem pequenino com um Deus grande e também pela mediação da Igreja nomeadamente no papel desempenhado pelo director espiritual.

O caminho que já estava iniciado ganhava com esta decisão uma nova luz, mas intensa, tantas vezes escondida pela poeira que se levantava, mas com a certeza que permanece. Continuo a ver essa luz cada vez mais forte e perto que não alcançarei na ordenação, mas verei cada vez melhor à medida em que for percorrendo o caminho.

Ser padre… que missão…

É ser Sacerdote em primeiro lugar. Homem de oração pessoal e comunitária, da liturgia nomeadamente da Eucaristia de que se alimentará e com que saciará o Povo de Deus. Que procura a sua santificação e a dos outros como fim essencial de cada um. È rezar a Deus pelos homens e lembrar os homens que existe um Deus que os ama imensamente. É agir na pessoa de Cristo não sendo um simples intermediário, mas sem nunca deixar de ser instrumento. É tornar Jesus visível no ministério e na vida, é ser Jesus para os que encontramos.

É ser Profeta! Alimentar-se da Palavra de Deus e lançá-la para o mundo não como quem semeia centeio mas pessoa a pessoa como quem planta uma árvore. Ser pregador da Palavra, aluno e formador para todos crescermos no conhecimento de Deus a partir d’Ela. Conhecendo-O, amámo-l’O. A partir da Palavra ensina a rezar, rezando.

É ser Rei! Não como um Senhor majestoso, mas como servo. Vivendo a caridade em cada momento e em todos os lugares. Ser bom pastor cujo modelo, Jesus, há-de imitar principalmente na caridade e preferências pastorais. È servir a todos discriminando positivamente os preteridos da sociedade, os abandonados, os pobres, tantos idosos que serão aqueles que primeiro o padre que vou ser terá de amar.

Tudo isto exige uma especial consagração a Deus, liberdade plena, que passa também pela vivência dos conselhos evangélicos. Sendo pobre reconhece que tem necessidade dos outros, que está desprendido e disponível e portanto livre para servir. Sendo casto ama mais e melhor, ou seja, ama mais pessoas e de uma forma mais profunda, assim é livre para amar. Sendo obediente amará aqueles que tiverem a difícil tarefa de presidir e aceitará a sua vontade por se tratar da própria vontade de Cristo, ficando livre para viver. Tudo isto a partir do incompreendido celibato, difícil e dificultado, mas também caminho de liberdade conhecidas as suas razões cristológicas, eclesiológicas e também escatológicas.

“Que todos sejam um” (Jo 17,21) é mais um mandamento que será o centro do meu ministério sacerdotal. A Unidade a partir da comunhão será uma preocupação constante. A Unidade é ser Jesus, é vê-lo no outro, é tê-lo entre nós, é viver da sua presença no nosso meio, garantia de felicidade, de alegria e de paz. Assim construiremos não apenas um castelo interior com várias moradas, mas também um castelo exterior em que os outros serão o lugar em que encontramos Jesus.

Termino traçando para mim a missão da Mãe de Jesus, tão necessária nestes tempos de “exculturação” do cristianismo. É necessário voltar a dizer sim a Jesus, recebe-l’O em nós, gerá-l’O, para depois o podermos dar à luz, a todos os homens, com a certeza de que se o perdemos é porque nos afastamos de seu Pai, onde Ele está. Que Deus Pai me ajude nesta missão, que é como quem diz, que eu me coloque nas Suas mãos e morra constantemente para a minha vontade. Assim …

“Ut unum sint” (Jo 17,21)

Testemunho do Diác. Filipe Mendes

“Não fostes vós que Me escolheste, fui Eu que vos escolhi” (Jo 15, 16)

Por Filipe Mendes

A melhor forma de testemunhar e de transmitir o que vai no coração e na alma de um vocacionado ao Sacerdócio Ministerial será, certamente, com as palavras que Nosso Senhor Jesus Cristo nos disse e continua, constantemente, a dizer nos nossos dias; “Não fostes vós que Me escolheste, fui Eu que vos escolhi” (Jo 15, 16). Esta frase, retirada do Evangelho de S. João, retrata exactamente os desígnios que Deus tem para cada um de nós! Falar na vocação, é falar num sentimento tão íntimo que, por vezes, até o próprio vocacionado se sente surpreendido, perdido, retido, incompreendido, perante um Mistério tão grandioso e inexplicável, mas no entanto, tão generoso e sublime na relação íntima e cúmplice que o une a Deus.

A vocação é sempre uma iniciativa, misteriosa e gratuita de Deus. Deus vem ao encontro e chama, a cada um, pelo seu próprio nome. Antes de mais, o chamado deve ter plena consciência de que na origem da sua vocação está Deus, e que a sua missão só se entende e realiza na comunhão íntima com Ele. Deus chama a cada um de nós, não para realizar sonhos pessoais, mas para se tornar Profeta. Não anunciamos as nossas ideias, mas anunciamos e testemunhamos os projectos de Deus e o que Ele quer realizar através de nós, no meio da sociedade, na comunidade, inseridos no Mundo.
Dizia António Machado “Caminhante não há caminho, o caminho faz-se caminhando”; A vida é uma constante e ininterrupta caminhada que deve ser vivida com verdade, seriedade, liberdade e responsabilidade. Falar na vocação é falar em pessoas que realizam uma caminhada, num determinado caminho, conscientes que qualquer caminho que o Senhor lhe reserva, serão caminhos que as conduzem à felicidade. Falar da minha vocação é falar de uma caminhada. Acredito que Deus toca-nos já no útero materno, criando uma cumplicidade tripla, Deus, mãe e filho.

Deus toca e acompanha-nos sempre ao longo da vida, desde que começamos a existir até à hora em que nos chama a tomar parte do Banquete Celeste. Entrei para o Seminário de Nossa Senhora de Lourdes, para o 10º ano, aí permaneci três anos, concluindo o 12º ano. Findada uma etapa era altura de começar outra. Comecei a nova etapa no Seminário Maior de Lamego, onde pude reflectir, descobrir e experimentar Deus de uma forma totalmente nova e diferente na minha vida. Ao longa desta etapa tive dúvidas como todos os jovens, levando - me a parar para reflectir o que Deus queria de mim, e o que eu queria de Deus. A conclusão foi a mesma, e é por isso, que aqui me encontro a poucos dias de me tornar “sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec”.

Ao longo destes anos, encontrei vários obstáculos, mas uma coisa é certa, caminho que não possua tais obstáculos não é caminho, fica a recordação e a força para enfrentar aqueles que ainda estão para vir. Esta história é, apenas e simplesmente, um pequeno trecho da história da minha vocação. Todavia, a verdadeira história da minha vocação é Deus que a conhece, e por mais palavras que possam existir no meu vocabulário são insuficientes para a descrever.

O convite que Deus nos faz, é sempre generoso, gratuito e sobretudo livre. Só o aceita quem quer e quem tiver coragem para O seguir. Não sou nenhum herói, muito menos alguém importante, sou simplesmente uma criatura, consciente da sua fragilidade e das limitações, no entanto, como diz Fernando Pessoa “ Deus quer, o homem sonha e a obra nasce”. Deus quer, eu sonho, sinto, acolho e a obra está a nascer. Como dizia, não pretendo fazer a minha obra, mas sim a obra de Deus no e para o Mundo, sendo, apenas e exclusivamente, um instrumento nas mãos de Deus.
Comecei com as palavras de Jesus e é com elas que termino, agradecendo a Deus pelos amigos e condiscípulos que me deu; “Pedro, tomando então a palavra, disse: Eis que nós deixamos tudo e te seguimos. Que receberemos? Disse-lhe Jesus: Em verdade Eu vos digo, a vós que me seguistes: quando as coisas forem renovadas, e o Filho do Homem se assentar no seu trono de Glória, vos assentareis, vós também, em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E quem quer que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos, ou terras por causa do Meu nome, receberá muito mais e terá em herança a vida eterna”. (Mat. 19, 27-29).

Testemunho do Diác. Bernardo Maria Magalhães

“Disse, então, sua mãe aos serventes: Fazei o que Ele vos disser” (Jo 2, 5)

Por Bernardo Maria Magalhães

A preparação próxima para a ordenação presbiteral implica um sem número de tarefas, muitas das quais relembram dolorosamente a nossa condição material e terrestre. Outras – mais gozosas – concentram-nos no essencial. Assim é aquela de escolher na Sagrada Escritura a frase ou o texto que descreve a atitude interior com que nos dispomos a acolher o ministério sacerdotal. Nada melhor do que recorrer a Maria quando nos sentimos embaraçados com a própria pequenez e procurar com Ela o que o Senhor nos pede.

A resposta de Nossa Senhora não cessa de nos interpelar. Fazer o que o Senhor nos disser não é apenas uma solução prática para um problema imediato, como naquele casamento em Caná da Galileia. É sobretudo um programa de vida que supõe a disposição íntima de viver no seio do mistério de Cristo. Ouvir a voz de Deus, a Sua Palavra Eterna, que se fez carne em Jesus, exige reconhecer que no centro da nossa vida está Deus, que nos fala e nos conduz à eternidade.
Fazer o que nos diz o Senhor é também reconhecermo-nos servos, tantas vezes inúteis, do Verbo de Deus, da Verdade intangível que nos transcende e dá sentido à nossa existência. Servir a Verdade é liberdade, é vida com sentido e com um fim eterno.

O Senhor Jesus fez tudo o que o Pai lhe ordenou. Por isso subiu à cruz e, a partir dela, renovou todas as coisas. Cumprir a vontade do Pai é dar vida eterna aos homens que, no Verbo e pelo Espírito, Ele criou. Este é o sacerdócio de Cristo, o Único e Eterno Sacerdote, do qual, pela Sua graça e inexplicável bondade, serei ministro na ordem dos presbíteros.

Peço a todos os que poisarem os olhos neste texto que se lembrem de rezar à mãe do Céu por mim e pelo André, o António Giroto e o Zé Filipe. Digam-lhe, implorem-lhe, que nos ajude a sermos servos fiéis que fazem tudo o que o seu Filho Jesus nos disser.

Testemunho do Diác. André Pereira

Nas Tuas mãos, ó Cristo, eu me perco e me encontras!

Por André Pereira


Não há nada de mais belo do que viver segundo a vontade de Deus e entregarmo-nos completamente aquele que sabemos que nos ama. Ser padre, para mim, é realizar e aceitar, em primeiro lugar, esse convite que Jesus faz aos seus Discípulos: Vem e segue-me! Aceitando esse convite, nós vamos descobrindo alguém extraordinário, que é verdadeiramente nosso amigo, e que nós vamos descobrindo, mais cedo ou mais tarde, que vale mesmo apena uma entrega radical a Ele, sendo seu discípulos e apóstolo. Aliás, Ele não vale apena; vale a vida!

É esta a grande certeza que descobri ao longo destes anos de caminhada em Seminário. E é com esta convicção que, ao abraçar a mensagem de amor, esperança e salvação de Deus e ir anunciá-la àqueles que mais precisam, que darei mais um passo, o grande passo, para uma entrega total a Ele.


Que ao longo da minha vida poderei concretizar tudo aquilo que Deus espera de mim, com as minhas qualidades e defeitos. Que nos momentos de desconfiança, Ele transforme-os em momentos de confiança. Que nos tempos de medo, Ele transforme-os em momentos de coragem.

É nas Tuas mãos, ó Cristo, mão de amor, mãos de ternura, mãos que transformam tudo o que tocam, eu consiga perder-me, neste gesto de entrega e abnegação radicais, acolhendo a tua mensagem e transmitindo-a aos irmãos mais necessitados. Faz, Senhor, que tudo aquilo que fizer em teu nome seja realmente feito para Tua memória.

Nas Tuas mãos, ó Cristo, eu me perco e me encontras! - Este é o lema que me irá guiar na minha caminhada no sacerdócio, porque tenho a certeza que, quanto maior é a entrega maior é a perdição (de nós mesmos) e maior é a alegria do encontro (que Tu realizas e provocas).

Assim Deus me ajude!

Diác. André Pereira

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Peregrinação ao Santuário de N. S. da Lapa, 2010

Peregrinação ao Santuário de N. S. da Lapa

O dia 10 de Junho, no qual, liturgicamente se celebra a memória do Anjo de Portugal, é também o dia em que um elevado número de paróquias da Diocese de Lamego faz a sua romaria anual ao Santuário de Nossa Senhora da Lapa, que fica situado em Quintela, concelho de Sernancelhe.

A romaria é preparada por uma novena, vivida como um retiro aberto a todos aqueles que nela participam.

Hoje, de manhã, a partir das 10h da manhã, começaram as procissões das várias Paróquias, com as suas cruzes e bandeiras, desde o cruzeiro até ao Santuário de Nossa Senhora.

Pelas 11h30, teve início a procissão com o andor de Nossa Senhora, desde o Santuário até ao recinto, onde foi celebrada a Santa Missa. Presidiu à Eucaristia o Mons. Joaquim Dias Rebelo, Vigário Geral da Diocese de Lamego. 

No início da Eucaristia, o Reitor do Santuário da Lapa, Sr. P. José Amorim, deu as boas vindas a todos os presentes, incentivando a que todos contribuíssem a criar um ambiente de oração.

Na homilia, o Sr. Vigário Geral começou por referir o encanto da Lapa e a atracção que aquele lugar exerce para muitas pessoas, que ali encontram paz e repouso. Lembrou ainda a importância dos Anjos da guarda na vida dos cristãos, e, referindo-se às aparições do Anjo aos três videntes de Fátima, como esses seres espirituais nos ajudam a amar mais a Nossa Senhora e a melhor adorar a Santíssima Eucaristia.

O Sr. Vigário Geral disse ainda que o Sr. Bispo se encontra em Roma, a participar no Congresso conclusivo do Ano Sacerdotal, e animou todos os presentes a rezarem pela santificação de todos os sacerdotes.

Na peregrinação tomou parte activa o Seminário Maior de Lamego, que animou a liturgia. 

Foram muitas as pessoas que marcaram presença, apesar das condições atmosféricas serem um pouco adversas.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Arneirós: oração pelas vocações

Por Maria Augusta


No Domingo da Solenidade da Ascenção de Jesus ao Céu, a paróquia de Vila Nova de Souto d’El Rei, viveu um dia cheio de reflexão e de oração onde a questão vocacional ocupou a beleza desse dia. A convite do pároco, Cón. Joaquim Assunção, o Secretariado Diocesano da Pastoral das Vocações, juntamente com o seminarista e nosso conterrâneo, o Ângelo, deslocou-se à nossa paróquia para vivermos juntos uma tarde vocacional.

A tarde, que se adivinhava brilhante, acolhedora e suave, iniciou-se com a celebração da Eucaristia, presidida pelo director do secretariado, Pe. José Fernando. As suas palavras ajudaram-nos a reflectir na vivência e testemunho da nossa primeira grande vocação, a vocação à santidade. A busca da santidade concretiza-se em vocações especificas como a matrimonial, sacerdotal e religiosa, que devem brotar no seio da família, que numa intimidade forte com Deus, procura rezar e descobrir a vocação a que cada um dos seus membros é chamado a desempenhar, respondendo seriamente ao convite e apelo de Deus. Hoje, somos nós os continuadores da missão que Jesus nos deixou, urge descobrir os dons com que Deus nos dotou, e num acto ousado de coragem disponibilizá-los ao serviço dos outros. Houve ainda tempo para ouvirmos um testemunho vocacional do seminarista Joel.

Após a celebração da Eucaristia, o secretariado desenvolveu um momento de partilha e de reflexão. Visualizado um pequeno filme duas irmãs, das Servas de Nossa Senhora de Fátima e das Franciscanas Hospitaleiras, deixaram-nos o seu testemunho de descoberta vocacional. A vocação religiosa surge no meio de acontecimentos tão simples, mas cheios de significado, que numa repetição insistente levam à meditação e à resposta afirmativa do convite de Deus. Por fim, uma irmã, das Filhas de S. Camilo, deixou-nos o apelo para que rezássemos pelas vocações e que estivéssemos atentos aos diversos sinais, que Deus utiliza, para nos chamar. A comunidade, constituída pelas crianças, jovens, catequistas e leigos empenhados, que permaneceu toda depois da Eucaristia, agradeceu o dom dos sacerdotes e daqueles que têm alimentado espiritualmente esta comunidade nos últimos anos, e pede, para que a semente lançada possa vir a dar os seus frutos.

A tarde terminaria com um convívio, na residência paroquial, para todos os que quiseram participar onde, num ambiente próximo e alegre, nos aproximamos de cada elemento do secretariado e pudemos colocar e esclarecer algumas das nossas inquietações.

Ao Senhor da Messe agradecemos a alegria desta tarde, e pedimos para que a palavra semeada frutifique no crescimento da santidade.