segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Votos


D. António Couto presente na homenagem ao Pe. José Vieira, Sacerdote Comboniano


O Sr. D. António José da Rocha Couto, Bispo da Diocese de Lamego, deslocou-se, neste Domingo, dia 23 de Dezembro, à Paróquia de Cinfães que homenageou o Sr. Pe. José Vieira, Missionário Comboniano atualmente a trabalhar no Sudão do Sul.
Ao início da homilia que pronunciou, o Sr. D. António começou por manifestar o seu " profundo apreço pelo trabalho de quem se dedica à evangelização", e expressando a certeza que o Pe. José Vieira "não troca o seu trabalho evangelizador por nada deste mundo".
Mas, que trabalho é esse? Recorrendo à mensagem final do último Sínodo de Bispos, o Prelado de Lamego definiu-o como "mostrar Jesus ao mundo". E  continuou: «Nós estamos a dever, ao mundo, Jesus. E, por isso, devemos entregar Jesus ao mundo sem estratégias, sem burocracias e sem diplomacias. E quando entregamos Jesus ao mundo, entregamos a luz do mundo, respondemos àquelas pessoas que vêem ter connosco como foram ter  com os discípulos de Jesus à Sua procura. Elas não vêm à procura de teorias". E prosseguiu com um desafio: «É Jesus que as pessoas querem ver e então a nossa vida tem de ser completamente transparente para podermos mostrar Jesus em todos os momentos da nossa vida.»

Posteriormente, comentando as leituras do IV Domingo do Tempo de Advento, o Sr. D. António apontou Isabel e Maria como modelos de escuta: «. Ela e Maria foram mulheres que escutaram. Todos nós devemos ser ouvidores, só ouvidores, não das vozearias que andam por aí, mas da Palavra, da única Palavra que pode chegar à minha vida e pode transformar a minha vida. É o que diz aqui Isabel: Logo que a tua palavra bateu nos meus ouvidos, o menino exultou, dançou de alegria no meu ventre. Isabel ficou completamente exposta à novidade trazida por essa feliz anunciadora que é Maria.» E, a partir da Palavra de Deus, deixou um convite: «Estamos à beira do Natal. Temos a música dos Anjos, a música dos Pastores, a música de Maria, a música do Menino que vem ter connosco. Sejamos, amigos, grandes escutadores, também com coração.»
Já no final da sua homilia, o Sr. Bispo renovou o convite missionário: «Não podemos ficar descansados por termos um missionário, dois ou três. Só poderemos ficar descansados quando nós formos todos missionários, longe e perto. Há aqui tanta missão a fazer, há tanta alegria a levar, como Maria, que vai visitar a sua prima Isabel para lhe anunciar a notícia que é Jesus. Como Miqueias, esse vidente de olhar cristalino que, à distância de séculos, contemplou o Natal do Senhor. Não deixemos de levar esse Menino Jesus, que as pessoas querem, a todos aqueles que O esperam.»
A Eucaristia contou, também, com a presença do Sr. D. Jacinto Botelho, Bispo emérito de Lamego, dos sacerdotes do Arciprestado de Cinfães e vários Missionários Combonianos, para além dos familiares e amigos do Pe. José Vieira.
No final da Eucaristia, o Sr. Pe. José Vieira deu um simples e tocante testemunho do seu trabalho missionário, resumindo a sua missão dizendo que era «missionário por vocação, sacerdote por ordenação e jornalista por profissão".
A ele, bem como a toda a Família Comboniana a Diocese de Lamego exprime os mais fervorosos votos de um fecundo trabalho missionário, com um renovado ardor.

Dados biográficos

No início da Eucaristia, o Sr. Pe. Francisco Marques, Pároco de S. João Batista de Cinfães referiu os dados biográficos mais salientes do Pe. José Vieira: nascido em Cinfães, a 4 de Fevereiro de 1960, foi ali que fez a sua caminhada cristã, depois de ter recebido o Sacramento do Batismo. Com apenas 12 anos, conheceu os Missionários Combonianos, que despertaram nele o desejo de ser Sacerdote. Recebeu a ordenação sacerdotal na Igreja Matriz de Cinfães a 19 de Julho de 1987, tendo depois exercido o seu ministério na dinamização missionaria, passando por países como a Etiópia, o México e, desde há vários anos, pelo Sudão do Sul, e dedicando os seus esforços a espalhar o Evangelho através do jornalismo. Foi, ainda, colaborador e responsável pelas revistas Audácia e Além Mar.

Sr. D. António Couto na homenagem ao Pe. José Vieira, Missionário Comboniano

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Igreja da Ermida do Paiva: Colóquio reúne investigadore




A Câmara Municipal de Castro Daire e o Instituto de Artes e Ofícios, nas pessoas do Arq. João Correia e do Prof. Mário Ferreira, promoveram, no passado dia 26 de Novembro um colóquio sobre a Ermida do Paiva, uma das Igrejas mais antigas da Diocese de Lamego.
Como pano de fundo e fio condutor, a forte possibilidade que a Igreja da Ermida é um dos poucos, se não o único, vestígio ainda visível da presença da Ordem Premonstratense em território português.
A Ordem Premonstratense foi fundada por São Norberto em 1121 no vale de Premontré, diocese de Laon, em França. Os “cónegos regulares de Prémontré contribuíram significativamente ao desenvolvimento e à vida da Igreja, sobretudo na Europa na tarda idade média.
Ao final da manhã do dia 26 de Novembro, o Sr. D. António Couto celebrou a Eucaristia na Igreja da Ermida, concelebrada pelo Sr. Vigário Geral da Diocese de Lamego, Mons. Joaquim Dias Rebelo, e por vários sacerdotes da Diocese. Esteve, ainda, presente o Fr. Terrence Lauerman, O. Praem., um dos maiores especialistas da presença da Ordem Premonstratense na Península Ibérica.
Na homilia, o Sr. D. António realçou a importância da fé dos simples e dos humildes que dão vida aos edifícios de pedra, e são sinal da presença do Amor de Deus no meio dos homens.
A Santa Missa foi animada pelo Coro da Paróquia de S. Pedro de Castro Daire e contou com a presença de várias autoridades civis e culturais.
Ao início da tarde, decorreu o Colóquio no Auditório Municipal de Castro Daire. O Sr. Presidente da Câmara, Sr. Fernando Carneiro, teve uma palavra de abertura, realçando a importância do património religioso dentro do espaço de Castro Daire.
Seguiu-se a intervenção de Fr. Terrence que, nalguns minutos, esboçou, em traços largos, a origem e a história da Ordem Premonstratense na Península Ibérica, e a sua possível relação com a Igreja da Ermida do Paiva.
A intervenção seguinte foi a da Eng. Fátima Morgado Parente, subordinado ao tema "Contributo do ADN na investigação arqueológica", na qual realçou como, através da análise do ADN resultante das escavações arqueológicas se podem obter resultados muito interessantes sobre a história de um determinado local.
O Eng. Carlos Beloto, do Instituto de Artes e Ofícios, abordou o tema "A importância das réplicas na difusão do património", centrando-se a sua intervenção na réplica do Báculo do séc. XII e da Mitra do séc. XIII do Abade da Ermida, cujos originais se encontram na exposição permanente do Museu de Arte Antiga. Estas réplicas ficarão expostas numa Exposição em Castro Daire, inaugurada no final do Colóquio.
A intervenção conclusiva coube ao Prof. Mário Ferreira, impulsionador do Colóquio que, depois de vários agradecimentos, fez o ponto de situação da investigação sobre a Ermida do Paiva.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

D. António Couto: balanço do Sínodo dos Bispos



Para D. António Couto é claro que «a Igreja de ontem, de hoje e de sempre deverá possuir os traços do rosto de Jesus Cristo». A nova evangelização não passará por uma eficiência pastoral e «a estruturar-se em formas sociologicamente mais eficazes», mas, sobretudo, por promover o encontro pessoal com Cristo. É este encontro que nos coloca em crise, para configurar totalmente a nossa vida a partir de Cristo de modo a viver «segundo o seu estilo» dotando-nos de uma força capaz de ultrapassar «as crises epidérmicas». Não desvalorizando a reflexão teológica, D. António Couto coloca em primeiro lugar este encontro e estilo de vida de Jesus. «Podemos não saber muita teologia, mas todos sabemos qual era o estilo de Jesus», afirmou. Para o bispo de Lamego, a expressão «nova evangelização» não é tanto a novidade de métodos, expressões ou estratégias, mas a fidelidade da Igreja ao Senhor Jesus, ao seu estilo, ao seu modo de viver, de fazer e de dizer: Dom total de si mesmo num estilo de vida pobre, humilde, despojado, feliz, apaixonado, ousado, próximo e dedicado.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Movimento da Mensagem de Fátima peregrina ao Santuário da Lapa



Foi num radioso dia de Outubro que o Movimento da Mensagem de Fátima da Diocese de Lamego peregrinou ao Santuário de Nossa Senhora da Lapa, na sua romaria anual àquele santuário mariano. Envolvendo cerca de 40 paróquias da Diocese, a peregrinação teve, como lema, a pergunta que Nossa Senhora, em Fátima, dirigiu aos Pastorinhos: "Quereis oferecer-vos a Deus?"

Era, ainda, manhã cedo quando os primeiros grupos de Mensageiros começaram a chegar à Lapa, no dia 13 de Outubro. Pelas 09h00, tiveram início as Confissões. Pouco depois, a Paróquia de Sever, do Arciprestado de Moimenta da Beira, encarregou-se do momento inicial de oração.

Pouco passava das 10h00, quando se iniciou a caminhada desde o Santuário até ao recinto da celebração Eucarística, marcada pela oração e pela reflexão sobre o oferecimento de si próprio: o de Deus, o de Nossa Senhora, o do cristão. Depois de chegados ao recinto, teve início a Eucaristia, presidida pelo Sr. D. Jacinto Botelho, Bispo emérito da Diocese, e concelebrada por cerca de dezena e meia de sacerdotes. Marcou presença o Mons. Luciano Guerra, Reitor emérito do Santuário de Nossa Senhora de Fátima, na Cova da Iria.

 Ao início da Eucaristia, o Sr. Pe. Joaquim Manuel Silvestre, Assistente Diocesano do Movimento da Mensagem de Fátima, leu uma mensagem que o Sr. D. António Couto, Bispo da Diocese, impedido de estar presente pois está a participar no Sínodo de Bispos, tinha enviado para a ocasião. Nessa Mensagem, o Sr. D. António reconhece que «o Movimento da Mensagem de Fátima tem, na nossa Diocese de Lamego, uma dimensão muito significativa», e anima a que "gastemos a nossa vida por amor, oferecendo-a a Deus, oferecendo-a aos nossos irmãos». A mensagem do Sr. D. António terminava com um premente convite: «animai-vos cada vez mais uns aos outros, orai sempre, e chamai mais e mais irmãos para os caminhos sempre belos e novos do Senhor.»

Já na homilia, o Sr. D. Jacinto abordou «o grande desafio que constitui, para todos os cristãos, o Ano da Fé convocado pelo Santo Padre Bento XVI.» Esse desafio pode, e deve, ser vivido na fidelidade ao Evangelho e a Jesus, «no caminho da penitência, da reconciliação e da generosa entrega a Deus, imitando a docilidade dos Pastorinhos aos apelos que a Virgem Maria lhes fez em Fátima.»

Depois da homilia, foram admitidos novos membros, da Paróquia de Britiande, concelho de Lamego, ao Movimento da Mensagem de Fátima.

Depois de almoço, realizou-se, no Colégio da Lapa, a assembleia geral do Movimento. O dia terminou com a oração, orientada pelo Mons. Luciano Guerra, no Santuário de Nossa Senhora.

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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O Ano da Fé no Santuário dos Remédios


O Ano da Fé, que se inicia a 11 de Outubro de 2012 terminando a 24 de Novembro de 2013, é uma oportunidade para o fortalecimento da vida cristã. A Igreja convida, concretamente, os santuários a apostarem nas celebrações e a promoverem encontros de formação sobre os temas mais directamente ligados a esta realização: o Credo, o Concílio Vaticano II (no 50º aniversário do seu início) e o Catecismo da Igreja Católica (no 20º aniversário da sua publicação). 

Assim, o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios vai oferecer, num clima de total simplicidade, um itinerário de formação em torno destes temas. Eles serão propostos especialmente na oração da tarde de Domingo (17h) a partir de 14 de Outubro: até Dezembro haverá uma meditação sobre o Concílio Vaticano II e, a partir de Janeiro, haverá uma reflexão sobre o Catecismo da Igreja Católica. 

A novena de preparação da festa de Nossa Senhora dos Remédios de 2013 será centrada no Credo: «Com Maria vamos crescer na Fé»! 

Entretanto, no próximo dia 11 de Novembro, às 15 horas, será apresentado, no Santuário, um livro sobre a actualidade do Concílio Vaticano II, da autoria de um sacerdote da nossa Diocese. A apresentação será feita pelo senhor Bispo de Lamego, D. António Couto. 

 Serviço de Apoio ao Santuário (SAS)

Clero da Diocese de Lamego prepara Ano da Fé com retiro espiritual


O Seminário Maior de Lamego acolheu o retiro anual do Presbitério da Diocese de Lamego, entre os dias 30 de Setembro e 3 de Outubro. 

Orientado pelo Pe. Manuel Morujão, S.J., secretário e porta voz da Conferência Episcopal Portuguesa, o retiro centrou-se no Ano da Fé e na importância deste acontecimento, não só para a vida da Igreja, mas também para a vida espiritual dos sacerdotes, chamados a ser novos evangelizadores para uma Nova Evangelização. 

Os cerca de 25 participantes foram desafiados, pelo orientador, ao longo dos vários momentos de reflexão, a fortalecerem a sua amizade e doação a Jesus Cristo e, por Ele, a sua doação à Igreja e à salvação de todas as almas. 

O centro de cada um dos dias de retiro foi a Eucaristia que, no último dia, foi presidida pelo Sr. D. António Couto, Bispo de Lamego e, na qual, também marcou presença o Sr. D. Jacinto Botelho, Bispo emérito da Diocese. Nesta Santa Missa foram recordados, de modo especial, os sacerdotes e familiares de sacerdotes que faleceram no último ano.

Ao longo de cada um dos dias, as palestras do orientador foram intercaladas com momentos de oração individual, com um generoso tempo de adoração diante do Santíssimo Sacramento solenemente exposto e com a possibilidade de cada participante recorrer ao Sacramento da Reconciliação. 

No final do retiro, o Sr. D. António Couto agradeceu ao Sr. Pe. Morujão pela disponibilidade que teve em orientar este retiro, uma disponibilidade ainda mais heróica por serem sobejamente conhecidas as suas muitas ocupações.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Entrevista a D. António Couto, Comissão Episcopal das Missão e Nova Evan...



O presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização em Portugal disse à ECCLESIA que o “problema” na transmissão da fé está do lado de quem anuncia, pedindo “fidelidade” à mensagem original de Jesus.

“O problema não estará tanto do lado das pessoas que não querem ouvir, mas no nosso lado, que anunciamos em nome próprio, juntamos as nossas opiniões, damos uns retoques de última novidade”, refere D. António Couto, em entrevista hoje publicada.

O bispo de Lamego considera que a demasiada preocupação “com as últimas novidades, com as últimas fórmulas” leva a esquecer o “fundamento que é Jesus Cristo”.

“O Evangelho de Jesus, como Ele o diz e o faz acontecer, é a metodologia mais revolucionária que conheço”, sustenta o prelado, para quem não é “necessário inventar coisas novas, nem em termos de métodos nem de expressões”.
Esta metodologia, acrescenta, supõe uma Igreja com “bons líderes”, do clero aos leigos, que “não indiquem caminhos abstratos às pessoas, mas que caminhem com elas”.

D. António Couto vai participar na 13ª assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos, que vai decorrer entre os dias 7 e 28 deste mês, no Vaticano, sobre o tema ‘A nova evangelização para a transmissão da fé cristã’.

Antecipando as preocupações que vai transportar, o presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização admite que o “adjetivo novo” pode “trair” os católicos.

“Não precisamos de ser novos noutra dimensão. Temos de ser novos com Jesus. Diria mesmo: novos como Jesus foi, completamente novo no seu tempo”, explica.

Para este responsável, é necessária “fidelidade” ao modelo e à vida de Jesus para implementar uma “nova maneira de presença cristã no mundo”.

O bispo de Lamego admite que a expressão “nova evangelização” visa sobretudo o “Ocidente descristianizado, assético, indiferente, anestesiado”.

“Por isso é preciso nova força, nova dinâmica, nova capacidade de nos colarmos mais a Jesus Cristo para sermos capazes de levar a sua mensagem às pessoas de hoje, quer às crentes que precisam de ser confirmadas e formadas na sua fé, quer àquelas que não acreditam ou que nunca foram despertadas para isso”, observa.

D. António Couto sublinha, a este respeito, que a Igreja Católica “não pode ser aérea e etérea”, mas tem de estar “plantada no meio das pessoas”, através de uma “rede no terreno” que assuma esse trabalho.
Em relação ao próximo Sínodo, o prelado espera que a assembleia de bispos possa “encontrar um fio condutor” para abordar a “vastidão de ideias e problemas existentes”.

O bispo de Lamego, que vai participar nesta reunião magna em nome da Conferência Episcopal Portuguesa, juntamente com D. Manuel Clemente, bispo do Porto, conta levar ao Vaticano “três ideias” fundamentais.

“Viver em Igreja é viver em sínodo, no caminho, na casa, reunidos, em conjunto; a Igreja é uma Igreja que anuncia, da anunciação, que anuncia completamente vinculada a Jesus, porque o anunciador não diz tanto a sua mensagem ou a sua opinião, mas diz a mensagem de quem os envia, no nosso caso a Jesus; a Igreja é uma Igreja da fidelidade, não tanto da novidade”, revela.

PR/OC

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

D. António Couto na apresentação do Guião Outubro Missionário 2012

In Agência Ecclesia 

 Responsáveis do setor elegem abertura do Ano da Fé como oportunidade de levar «luz» e «esperança» a um mundo descristianizado e em crise 

Lisboa, 01 out 2012 (Ecclesia) – Os Institutos Missionários “Ad Gentes” e as Obras Missionárias Pontifícias publicaram o “Guião Outubro Missionário 2012”, instrumento de trabalho que pretende reforçar a dinâmica da evangelização num mês marcado pelo arranque do Ano da Fé. 

 Numa mensagem dedicada ao “Outubro Missionário”, o presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização desafia dioceses e paróquias a seguirem “com particular atenção”, o exemplo deixado “pelas primeiras comunidades cristãs”. “Embora pequenas e indefesas”, elas “souberam, pelo anúncio e pelo testemunho, difundir o Evangelho em todo o mundo conhecido de então”, realça D. António Couto, reforçando o convite deixado por Bento XVI na sua mensagem pastoral para o Dia Missionário Mundial, que a Igreja Católica vai assinalar a 21 de outubro. 

Além do lançamento do Ano da Fé, marcado para 11 de outubro, os próximos dias vão ser preenchidos com a comemoração do 50.º aniversário do Concilio Vaticano II (1962-1965) e pelo início do Sínodo dos Bispos para a Nova Evangelização, já este domingo, em Roma. 

 O bispo de Lamego, que estará presente naquele evento, recorda aos fiéis que qualquer missão evangelizadora nasce de uma comunidade “que não está voltada sobre si, mas para fora” e que consegue ser “luz” para os outros, “sem peias nem vergonhas”. Uma atitude que, segundo o prelado, é urgente cultivar num mundo que está cada vez mais descristianizado. 

 No final do Concílio Vaticano II, encontro que deu um impulso significativo ao esforço missionário - e sobretudo ao papel dos leigos na transmissão da Palavra de Deus - os dados apurados pela Igreja Católica falavam na existência de pelo menos 2 mil milhões de não cristãos, soma que “quase duplicou” entre 1965 e 1990. 

 “Para 2025, prevê-se que esse número atinja os 5.220.896.000. Decididamente, não podemos continuar a olhar para este mundo de braços cruzados. Temos de o amar e evangelizar. À maneira de Cristo”, exorta D. António Couto. 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Assembleia do Presbitério da Diocese de Lamego



A 17 de Setembro de 2012, sob a presidência do Sr. D. António Couto, Bispo da Diocese de Lamego, reuniu-se, no Seminário Maior, o Presbitério da Diocese de Lamego. Ficam algumas imagens deste encontro, que serviu para o Sr. Bispo apresentar a sua primeira Carta Pastoral.

Portugal: Antigos alunos de seminários católicos devem devolver formação que receberam da Igreja


«Proposta educativa exigente» das casas de formação para o sacerdócio «dá consistência» à atividades dos ex-seminaristas


D.R. | Fórum da UASP, Lamego
Os antigos alunos dos seminários católicos devem oferecer a Portugal o resultado do ensino que a Igreja lhes deu, considera o presidente da união que agrega parte dos estudantes que frequentaram instituições de preparação para o sacerdócio.
O padre Armindo Janeiro declarou hoje à Agência ECCLESIA que os antigos alunos dos seminários, em quem “a Igreja mais investiu, disponibilizando meios e pessoas qualificadas”, são chamados a “devolver essa formação à sociedade, de forma criativa”.

O responsável recordou que “os bispos e padres são antigos alunos dos seminários, assim como muitas pessoas com competências reconhecidas nos mais diversos setores da sociedade”, e acrescentou que “o facto de os antigos alunos terem passado muitos anos numa proposta educativa exigente dá consistência ao serviço que lhes é pedido”.

A União dos Antigos Alunos dos Seminários Portugueses (UASP) reuniu sábado e domingo em Lamego para refletir sobre o seu lugar na Igreja e na sociedade.

O encontro que contou com a participação de 90 pessoas, em representação de 15 associações de antigos alunos de seminários, abriu com a intervenção de monsenhor Luciano Guerra, antigo reitor do Santuário de Fátima.
O sacerdote salientou que “os projetos só têm consistência quando é possível juntar esforços, ideias e caminhos indo à memória mas também olhando para o futuro”, referiu o padre Armindo Janeiro.
Além das iniciativas que tem vindo a concretizar no domínio da espiritualidade, formação e cultura, os “três grandes eixos” da associação, a assembleia frisou que a UASP deve “encontrar formas de chegar aos antigos alunos mais novos”.

Entre as propostas lançadas pelos participantes, que vão ser objeto de ponderação, encontra-se o apoio às associações de antigos alunos que têm “menos dinamismo” e a criação de “espaços de debate sobre as grandes questões que passam pela Igreja e pelo mundo”.

“Importa criar iniciativas significativas que apostem na qualidade, e não tanto na quantidade”, apontou o padre Armindo Janeiro, sublinhando que a instituição pretende aprofundar a reflexão, dado que “os seminários sempre ajudaram os alunos a pensar”.

O planeamento para 2012-13 prevê a realização da assembleia-geral da UASP a 24 de novembro, no Seminário de Leiria, além de um evento de índole cultural em Évora, “na primavera”, e um retiro na Quaresma.

A UASP reúne 12 associações, estando prevista para breve a adesão de quatro, num universo de 28 que segundo o padre Armindo janeiro estão “minimamente organizadas” e são representativas dos antigos alunos dos seminários.

RJM

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Lamego: Bispo pede padres ousados, pobres e dedicados «a tempo inteiro» ao sacerdócio



D.R. | D. António Couto na assembleia do clero em Lamego, 18-9-2012
Lamego, Viseu, 18 set 2012 (Ecclesia) – O bispo de Lamego, D. António Couto, apresentou esta segunda-feira uma Carta Pastoral aos padres da diocese em que lhes pede entrega total ao sacerdócio e os questiona sobre a sua atuação.
“Sei e sinto que a nossa Igreja diocesana precisa sempre mais urgentemente de Padres dedicados de coração inteiro e a tempo inteiro à sua vida de Pastores e à causa do Evangelho, segundo o estilo feliz, apaixonado, ousado, pobre, despojado, próximo e dedicado do nosso Bom Pastor, Jesus Cristo”, sublinha o texto enviado à Agência ECCLESIA.
Depois de estimular os padres a darem-se totalmente, “e não apenas o supérfluo”, D. António Couto frisa que a diocese precisa de sacerdotes que ensinem a mensagem da Igreja, apoiem os mais pobres e centrem a sua vida na celebração da missa e na oração, “não de vez em quando, mas com a tenacidade de quem está lá de pé todos os dias”.
O documento apresentado no Seminário Maior de Lamego durante a primeira assembleia do clero presidida por D. António Couto, que tomou posse da diocese a 29 de janeiro, interpela os sacerdotes sobre a sua vida espiritual.
“Participamos nos exercícios espirituais e nos tempos de atualização-formação permanente? Lemos, estudamos e amamos a Palavra de Deus e os documentos do magistério da Igreja? Amamos a Igreja, nossa Mãe? O Evangelho ‘toma conta de nós’, incomoda-nos e desinstala-nos, ou somos nós que vamos acomodando e instalando o Evangelho?”, questiona.
O presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização salienta que não é o “lado de funcionários” que atrai vocações ao sacerdócio: “Sem a unção da Alegria, que trabalhadores somos? Quem quererá seguir a nossa via? Que cooperadores Deus nos dará?”.
O prelado, um dos dois bispos portugueses que participa no Sínodo dos Bispos que decorre de 7 a 28 de outubro no Vaticano, dedicado ao tema ’A nova evangelização para a transmissão da fé cristã’, também interroga os padres sobre a forma como acompanham as paróquias.
“Estamos preocupados em constituir grupos de missão ou de evangelização? Estamos sensibilizados para constituir grupos de caridade? Como estão os índices de oração e de formação das nossas comunidades? Preocupamo-nos com isso? Valorizamos os fiéis leigos? Como escolhemos e formamos os catequistas, os leitores, os acólitos, os ministros da comunhão, os membros do Conselho Económico e Pastoral, e outros cooperadores?”, pergunta. 
D. António Couto vinca a necessidade de a diocese “agilizar” os conselhos Episcopal, Presbiteral e Arciprestal e “formar com a urgência possível” o Conselho Pastoral.
“É igualmente importante e necessário rever a nossa relação com a Cúria Diocesana no que se refere a Coletas Obrigatórias, atualizações de estatutos e ficheiros, intenções de missa, aprovações e licenças várias”, assinala.
O encontro de apresentação da Carta Pastoral intitulada ‘Vamos juntos construir a casa da fé e do Evangelho’ terminou com um apelo do bispo aos 70 padres presentes para que envolvam os leigos no anúncio da mensagem cristã, adianta uma nota de imprensa da diocese.
O retiro espiritual do clero, orientado pelo porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, padre Manuel Morujão, decorre no Seminário Maior de Lamego de 30 de setembro a 3 de outubro.

RJM