quarta-feira, 16 de junho de 2010

Testemunho do Diác. Bernardo Maria Magalhães

“Disse, então, sua mãe aos serventes: Fazei o que Ele vos disser” (Jo 2, 5)

Por Bernardo Maria Magalhães

A preparação próxima para a ordenação presbiteral implica um sem número de tarefas, muitas das quais relembram dolorosamente a nossa condição material e terrestre. Outras – mais gozosas – concentram-nos no essencial. Assim é aquela de escolher na Sagrada Escritura a frase ou o texto que descreve a atitude interior com que nos dispomos a acolher o ministério sacerdotal. Nada melhor do que recorrer a Maria quando nos sentimos embaraçados com a própria pequenez e procurar com Ela o que o Senhor nos pede.

A resposta de Nossa Senhora não cessa de nos interpelar. Fazer o que o Senhor nos disser não é apenas uma solução prática para um problema imediato, como naquele casamento em Caná da Galileia. É sobretudo um programa de vida que supõe a disposição íntima de viver no seio do mistério de Cristo. Ouvir a voz de Deus, a Sua Palavra Eterna, que se fez carne em Jesus, exige reconhecer que no centro da nossa vida está Deus, que nos fala e nos conduz à eternidade.
Fazer o que nos diz o Senhor é também reconhecermo-nos servos, tantas vezes inúteis, do Verbo de Deus, da Verdade intangível que nos transcende e dá sentido à nossa existência. Servir a Verdade é liberdade, é vida com sentido e com um fim eterno.

O Senhor Jesus fez tudo o que o Pai lhe ordenou. Por isso subiu à cruz e, a partir dela, renovou todas as coisas. Cumprir a vontade do Pai é dar vida eterna aos homens que, no Verbo e pelo Espírito, Ele criou. Este é o sacerdócio de Cristo, o Único e Eterno Sacerdote, do qual, pela Sua graça e inexplicável bondade, serei ministro na ordem dos presbíteros.

Peço a todos os que poisarem os olhos neste texto que se lembrem de rezar à mãe do Céu por mim e pelo André, o António Giroto e o Zé Filipe. Digam-lhe, implorem-lhe, que nos ajude a sermos servos fiéis que fazem tudo o que o seu Filho Jesus nos disser.

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