Por Sr. D. Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança
Este “Ano Sacerdotal” é um período que olha o futuro sem medo. Não há pandemias nem asfixias… O Senhor do tempo não padece de limites. Mas este ciclo de revigoramento é uma página de memórias.
Em 28 de Agosto último (evoco igual dia de há dez anos, em que morreu D. António Francisco Marques, primeiro bispo de Santarém) faleceu no Hospital Militar do Porto o Padre João Ferreira Rodrigues, da diocese de Lamego e capelão militar do Centro de Tropas de Operações Especiais, da mesma cidade.
Deixou-nos, após longo calvário, sob o nome da leucemia.
Escondeu durante longos anos a enfermidade que o minava, e mesmo quando a confidenciou, “exibiu” uma cara prazenteira, acompanhado de uma Esperança sem dúvidas e de uma vontade indómita diante do combate. As dores não tinham que passar para os outros. Já lhe bastavam as que lhe caíram em sorte.
Entre pessimismos e desalentos de uma época singular o nosso país, o “ano sacerdotal”, com a morte deste sacerdote de cinquenta e um anos (também pároco de Valdigem) avoluma o álbum das nossas dúvidas e garante-nos a comunhão.
O magnífico VI Simpósio do Clero de Portugal, ocorrido, em Fátima, do decurso desta semana, avivou tais certezas: não entraremos de olhos fechados no futuro. Levamos dentro de nós afectos e exemplos.
Lisboa, 04 de Setembro de 2009
In Ao Compasso do Tempo
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